Bolsa de valores

Você ainda possui 2 notícias no acesso gratuito. Efetue login ou assine para acesso completo.

Em outros momen­tos, já escrevi neste es­paço que a elite brasileira prefere viver de renda, de agiotagem, ou como se diz mais recentemente, de rentismo. Quando ga­nha dinheiro, em vez de empreender para gerar riqueza, renda, empregos, a elite brasileira prefere viver de renda fixa ou variável, tesouro direto ou dividendos. Não dá trabalho. É possível levar uma vida mansa e tranqüila sem produzir, basta ter algum capital. Com um milhão de reais a renda passa dos cinco mil reais por mês e assim o sujeito já é um dos 10% mais bem remunerados do país, basta aplicar em ações que geram bons dividendos, por exemplo.

O país onde vivemos é o que resultou de séculos de intervenções decisivas das elites brasileiras, embora muitos culpem quatorze anos de petismo no governo, como se a maioria dos partidos como PP, PMDB, PDT, PTB, PCdoB, entre outros, não tenham estado juntos e não tenham roubado muito, aliás, coisa de sempre. No Brasil, corruptos são os amigos dos outros.

Quando estou escrevendo esta coluna, quinta de manhã, o índice da Bolsa estava em 104.119,09 pontos, já esteve menos. Entre outros motivos o co­rona vírus e as asneiras do presidente, convocando manifestações contra o Congresso e o Supremo. Este é o primeiro teste para mais de um milhão de pessoas que correram para a Bolsa de Valores quando os juros da taxa Selic baixaram para patamares muito baixos. A Bolsa valorizou, claro. Questões de mercado, nada a ver com desenvolvimento econômico que continua pouco maior que nada, na faixa de 1% ao ano, um pouco mais talvez, longe de 2%.

O índice da Bolsa vai reagir, não sei quando, mas a turma que manda no negócio se acerta e agora que está comprando na baixa, logo acerta para subir. Perdem os principiantes.

No Brasil, a elite que com nada se contenta, queria a reforma trabalhista, levou, devolveu nada ou quase nada; queria a reforma da previdência, levou. Esta reforma vai começar a causar impacto expres­sivo em abril, quando for pago o salário de março com as novas alíquotas. Como ficarão os amigos do “rei” quando o salário diminuir? Há um ditado que diz que “um homem esquece mais facilmente quem lhe matou o pai que quem lhe roubou um vintém”. Os da elite querem fechar o Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. O presidente apóia. Simples assim, opinião pessoal.

Fiquei pensando numa solução para um país sem Congresso e sem Supremo. Simples. Entregamos para as milícias e tudo estará resolvido.

Comentários do Facebook