Âudiência foi proposta pelo vereador Guilherme Barão (segundo da esquerda para a direita) Foto: J.André TP
Por proposição do vereador Guilherme Barão (PDT), durante cerca de duas horas foi debatido na última sexta-feira (17), as constantes quedas de energia elétrica que acontecem em Candiota, mas que são registradas também em toda a região, além dos prejuízos decorrentes do problema, que são, por exemplo, a queima de aparelhos.
A audiência pública, que foi conduzida pelo vereador Gildo Feijó (MDB), teve a participação de quatro representantes da concessionária Equatorial Energia, que assumiu o serviço desde a privatização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), em meados de 2021. Estiveram na Câmara, o executivo de Manutenção na Região Sul, Leandro Antunes Moltinho; o executivo de Serviços Comerciais na Região Sul, Marcelo Fostes; o líder de Manutenção na Região da Campanha, Edson Dione Souza, e a conselheira para Grandes Clientes e Poder Público na Região da Campanha, Elizângela Nunes.
Além de Guilherme e Gildo, também estavam os vereadores Danilo Gonçalves (PT), Fabrício Moraes e Hulda Alves (ambos do MDB) e Fabiano Aquere (sem partido). O diretor da Cooperativa de Eletrificação Rural Fronteira Sul (Coopersul), Adir Sebastião dos Santos, o Chimbo, também se fez presente, bem como, alguns poucos representantes da comunidade. Um a um dos vereadores e vereadora, foram fazendo relatos sobre as constantes reclamações dos moradores, tanto da cidade como do interior em relação as seguidas quedas de energia, bem como os prejuízos que isso causa.
O radialista e morador da sede do município, Ronei Magalhães, fez uma espécie de desabafo, destacando que o serviço piorou após a Equatorial assumir. “O serviço já era péssimo com a CEEE e agora conseguiu ficar ainda pior”, relatou, dizendo que na avenida Luiz Chirivino, onde mora, aconteciam cerca de duas quedas de energia por mês, agora são cinco ou seis, além da perda de equipamentos.
Quatro representantes da Equatorial Energia compareceram ao encontro Foto: J.André TP
O responsável pela manutenção na região, Edson Dione Souza, reconheceu as dificuldades, porém expôs o esforço da concessionária para melhorar a situação. Entre as dificuldades ele citou a questão de pessoal, pois muitos da antiga CEEE acabaram não ficando no quadro, além de questões estruturais, como 66% dos postes ainda serem de madeira, sendo que a substituição por de concreto vem sendo feita de forma gradativa, havendo avanço neste sentido. O técnico citou ainda um investimento de R$ 4,3 milhões em Candiota (R$ 2,1 milhões), Pinheiro Machado (R$ 1,26 milhão) e Pedras Altas ( R$ 936 mil). “Falamos nos três municípios, porque eles fazem parte de um sistema. Vamos seguir investindo e esperamos que isso signifique menos interrupções”, assinalou.
A executiva Elizângela Nunes fez uma apresentação geral da Equatorial, que é uma holding que atua no Brasil todo nos diversos setores de energia. Ela fez questão de apresentar também todos os canais de relacionamento e atendimento ao consumidor da empresa. Elizângela lembrou que em Candiota, a Equatorial atende 599 consumidores rurais (o restante é atendido pela Coopersul) e 3.665 consumidores na zona urbana.
O executivo Leandro Moltinho explicou que a dinâmica das equipes foi modificada em relação à CEEE, numa questão levantada pelo vereador Fabiano Aquere, que lembrou o fato de haver equipes em cada cidade. Conforme o representante da Equatorial, agora as equipes não possuem uma base fixa e sim são multitarefas e atendem onde o problema está acontecendo. “O fato de não termos uma equipe fixa em Candiota não significa que não há mobilidade e agilidade no atendimento”, explicou.
No caso da queima de aparelhos, o outro executivo, Marcelo Fostes, lembrou que há uma legislação federal rígida neste sentido, e que a Equatorial é obrigada a ressarcir o cliente quando se constata que a avaria foi em virtude da queda de tensão ou energia. Ao fim, Tanto Guilherme, como Gildo, agradeceram a disponibilidade dos representantes, esperando que os problemas sejam resolvidos e minimizados.
