LUTO

Candiota se despede de um lutador pela segurança pública

Flávio Lopes tinha 80 anos e chegou em Candiota em 1972 Foto: Arquivo familiar/Especial TP

Faleceu nesta segunda-feira (3), aos 80 anos, o eletricitário aposentado Flávio Santos Lopes. Desde 2014, ele lutava contra uma doença neurológica.

Em 1972, Flávio aportou em Candiota, que ainda pertencia a Bagé. Após trabalhar numa pedreira e depois na empreiteira Miguel Arlindo Câmara (MAC), ele entrou em 1984 na Usina de Candiota, que pertencia a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), tendo ali se aposentado.

Com os quatro filhos ainda pequenos (a caçula tinha apenas 5 anos), Flávio precisou se resignar com a perda precoce da esposa Nadir Ibarra Lopes, que faleceu de câncer em meados da década do 1980. Sem casar novamente, Flávio criou sozinho a família, primeiro dentro de um alojamento, depois na Vila Residencial 2 (rua Jean Carlos Stafutti) e no fim se mudando para uma casa mais ampla na Vila Operária.

Com liderança comunitária, por muitos anos, Flávio Lopes esteve a frente do Conselho Pró-Segurança Pública (Consepro) de Candiota, tendo obtido conquistas importantes para esta área. Ele não tinha uma militância assídua, porém sempre foi filiado ao MDB, sendo que o partido publicou uma nota de pesar, lamentando sua morte e exaltando sua trajetória na cidade.

Sob os intensos cuidados da filha mais nova Gisiane (Gisa) e o genro Gustavo, além dos demais filhos, Flávio passou os últimos anos recluso, porém cercado do carinho da família. Na última terça, segundo Gisa, ele teve uma parada cardíaca em casa, chegando a ser removido para o Pronto Atendimento 24h, mas no caminho não resistiu. “Tenho certeza e a consciência tranquila que ele cumpriu a missão dele como pai, me cuidando e eu cumpri a minha, cuidando dele até o último momento com muito carinho, atenção, atendendo ele nas suas necessidades especiais que essa doença traz”, assinalou emocionada a filha.

Ele foi velado na Capela Municipal e depois sepultado nesta terça-feira (4), no Cemitério de Candiota.

Flávio deixa os filhos e filha Marco Aurélio (Tocha), Vladson Romário (Kiko), Vladimir (Pino) e Gisiane (Gisa), e os netos e netas Thais, Renan, Renata, Lucas e João Pedro.

O genro Gustavo e a filha Gisa cuidaram dele até os últimos instantes Foto: Arquivo familiar/Especial TP

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