MÚSICA

Candiotense está na semifinal do festival EnCantar

Priscila Olave contou sobre a experiência de estar longe dos palcos desde o início da pandemia

Priscila Olave começou a cantar aos 13 anos e também passou pelos palcos do Canto Moleque Foto: Divulgação TP

A candiotense Priscila Olave está contando com ajuda de todos os conterrâneos, amigos e conhecidos para chegar na fase final do Festival EnCantar. Até a meia-noite do próximo sábado (7), o público precisa acessar o site oteliodrebes.com.br e votar em sua apresentação para que ela esteja entre os três finalistas de sua categoria. A iniciativa visa favorecer os artistas gaúchos, que estão sofrendo diretamente com os impactos da pandemia do coronavírus.

Priscila, que atualmente reside em Pelotas, ficou entre os 50% mais votados na categoria adulta na primeira fase e entre os 30 na segunda. “Os inscritos mandaram um vídeo e aparece lá a apresentação de todos os participantes para que recebam os votos dos internautas. As pessoas entram no link e é só votar ali embaixo, dá para votar quantas vezes quiser”, explicou. Na oportunidade, a artista interpretou a canção “Bem que se quis”, de Pinto Daniele.

O FESTIVAL – O EnCantar é um festival de voto popular e aberto a músicos e cantores amadores de qualquer estilo musical que moram no Rio Grande do Sul. Os participantes foram divididos em duas categorias: adulto e kids (até 16 anos em 2020).

CLASSIFICAÇÃO – Os primeiros, segundos e terceiros lugares das categorias adultos e kids serão definidos de acordo com o número de votos e anunciados na grande final que Otelio Drebes, palestrante e fundador das Lojas Lebes, apresentará ao vivo, na sua página do Facebook, no dia 22 de novembro.

PREMIAÇÃO – Os 30 vídeos mais votados de cada categoria (60 no total) recebem R$ 300 cada e disputam essa terceira fase – na qual serão eleitos os três finalistas de cada categoria, a serem anunciados nas redes sociais de Otelio Drebes. Os prêmios serão, respectivamente, R$ 6 mil, R$ 3 mil e R$ 1,5 mil. Além disso, todos ganharão cestas básicas para serem entregues à instituição filantrópica que indicaram no momento da inscrição.

EXPERIÊNCIA – Para o jornal, a candiotense, que começou a cantar aos 13 anos, contou sobre a experiência de estar longe dos palcos desde o início da pandemia e não poder contar com sua única fonte de renda. Segundo ela, os festivais on-line vêm como um alento e é preciso agradecer e reconhecer a atenção dos idealizadores desses projetos com a categoria.

Apesar de em alguns municípios as atividades estarem voltando, Priscila ainda não tem data prevista para retomar porque agora precisa de ainda mais cuidados à espera do pequeno Caetano. “Quando deu o ápice da pandemia e as agendas tiveram que ser canceladas foi muito desesperador, querendo ou não, as contas iriam chegar e não tinha o que fazer. Ficamos de mãos atacadas, acredito que a maioria das pessoas nunca pensou em passar por isso e nem se preparou para um momento desses. Foi muito difícil e continua sendo. Eu felizmente tenho uma base familiar que me permite ter a escolha de ficar em casa e não me expor a um possível contato com o vírus, mas a maioria dos artistas não têm isso, muitos tiveram que se reinventar em outras profissões para poder se manter”.

Depois de passar por festivais como o Canto Moleque, Priscila cursou a faculdade de música na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e participa de vários projetos. “Tenho a minha banda de sertanejo, o meu duo com um amigo que conheci na faculdade, que fazemos MPB em voz e violão, e faço parte do Camerata, um grupo musical gaúcho, onde a gente faz shows e toca para invernadas do Estado e de fora também (São Paulo, Paraná e Mato Grosso). A minha renda era total da música. Acredito que vai ser uma caminhada devagar para a retomada do setor e o futuro é algo muito incerto. Também acredito que muitos artistas vão ter que se reinventar nesse mundo pós pandemia, mas não me permito focar no lado negativo disso tudo”, finalizou.

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