De volta ao cotidiano

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Vamos tocando 2020, um ano do qual vamos nos lembrar por muito tempo. Este momento em que somos convidados a pensar, já que o meio ambiente anda mais devagar, permite que venhamos a fazer algumas reflexões.
A família Bolsonaro anda cada dia mais enrolada com a justiça, o que segundo pesquisas eleitorais não parece implicar muito em coisa alguma.Ressaltar que alguém é corrupto não pega bem, uma vez que muitos brasileiros também são e se sentem ofendidos. Um político falar que outro político é corruptonão pega bemuma vez que ninguém acredita que o político que acusa seja honesto. Uma rede de televisão ressaltar que um grupo de políticos é corrupto também não causa muito efeito uma vez que ninguém acredita na honestidade dos proprietários das grandes redes de televisão. A corrupção no Brasil é tão antiga entre os ocidentais que tem origem conhecida na chegada de Pedro Álvares Cabral à Ilha de Vera Cruz (para quem não sabe ou não lembra, o primeiro nome que os portugueses deram ao Brasil).
A vó da primeira-dama morreu de Covid e segundo a tese do presidente “já estava velha”. Afinal, “todos nós vamos morrer um dia”. No rumo das duzentas mil mortes por Covid, número ao qual chegaremos perto do natal, vimos o presidente enviar uma comitiva ao Líbano, para ajudar a minimizar os efeitos de uma explosão que matou cerca de duzentas pessoas, incluindo os desaparecidos. No Brasil, vivem de sete a dez milhões de libaneses e descendentes de libaneses. Destes, cerca de quatrocentos já morreram de Covid e o presidente está sensibilizado com os libaneses que vivem no Líbano.
A debandada de secretários do Ministério de Paulo Guedes tem novidade toda semana, já são quase dez assessores do primeiro time que se mandaram. Estes, já entenderam o que Paulo Guedes “não quer” perceber, o governo nunca foi liberal. Bolsonaro é um populista de direita, o que significa apenas que quer se manter no poder oferecendo pequenos favores aos mais pobres enquanto mantém ou amplia os privilégios dos mais ricos.
O grande problema de Bolsonaro não é o fato de estar envolvido, com toda família, e bota família grande nisso, em escândalos de corrupção, é que o “auxílio emergencial” vai acabar. Segundo Paulo Guedes, tem que acabar. Se você quer ter um amigo, nunca dê nada a ele. Se ele se mantiver amigo, amigo é. Se você dá uma vantagem a alguém, este alguém vai querer mais. Se tirar, vira inimigo. É da cultura brasileira gostar de ganhar. Se alguém conquistou alguma coisa, outro dirá que “ganhou uma conquista”.

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