HABITAÇÃO

Defensoria Pública não acredita em leilão imediato das casas da CGT Eletrosul em Candiota

Neste momento, a DPE-RS analisa os cerca de 600 e-mails recebidos dos moradores, estudando a possibilidade de formular uma nova proposta com maior parcelamento

Cerca de 400 imóveis da CGT estão à venda, tendo preferência de compra por parte dos atuais moradores Foto: J. André TP

Venceu no último dia 12, o prazo dado pela CGT Eletrosul para que os moradores efetivassem a compra dos mais de 400 imóveis que a empresa possui em Candiota, nas vilas Operária e Residencial. Pela carta que cada morador recebeu, após esse prazo, caso não houvesse a compra pelos atuais ocupantes, havia a possibilidade das casas irem a leilão.

Em conversa com o defensor público e dirigente do Núcleo Defesa do Consumidor e Tutelas Coletivas, Rafael Magagnin, da Defensoria Pública do Estado (DPE-RS), ele disse não acreditar que a empresa fará o leilão de forma imediata. “Não vejo qualquer movimentação para leilão, a não ser para os imóveis desocupados. Nós e a empresa estamos em permanente contato”, disse.

Ele observou também que a DPE-RS neste momento está analisando e processando, assim como a CGT Eletrosul, todas as cartas de intenções recebidas, sendo mais de 600 e-mails. Rafael revela que há propostas que se enquadram no que a empresa ofereceu de condições, mas também há aqueles que pedem outras possibilidades. Também têm quem propôs um desconto para pagamento à vista, sendo que para esta situação, a DPE-RS praticamente descarta um avanço.

O defensor destaca que não há nenhuma manifestação da empresa em alterar suas condições, indicando para quem quiser isso é possível buscar as instituições financeiras. Entretanto, ele adiantou ao TP, que a Defensoria está debruçada sobre os números e as cartas de intenções, no sentido de, muito provavelmente, formular à CGT Eletrosul um maior número de parcelas para uma negociação direta com a empresa. “Não há ainda a confirmação deste assunto, mas diante das várias manifestações, estamos tentando achar uma solução que seja viável tanto aos moradores quanto à empresa. Provavelmente nos próximos dias haverá uma manifestação nossa sobre isso”, adiantou.

CGT ELETROSUL – O TP entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da CGT Eletrosul indagando sobre o assunto, porém até o fechamento desta edição impressa, não havia uma resposta.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

Comentários do Facebook