PROBLEMA SEM FIM

Demora na volta de energia faz comunidades se mobilizarem

Em Candiota, comunidades rurais se uniram para terem o restabelecimento da energia Foto: Divulgação TP

Os protestos em rodovias e comunidades foram se acumulando ao longo da semana passada e desta após o temporal que acometeu o Rio Grande do Sul na madrugada da última quinta-feira (21). O rastro de destruição mais evidente foi mais uma vez a fragilidade do sistema de distribuição de energia elétrica, que é desde 2021 feito por uma empresa privada, a Equatorial Energia, que comprou a concessão que era até então da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).

Comunidades inteiras ficaram sem energia, além de muitos pontos localizados. Os prejuízos atingem comércios e também a produção rural, com perda de vendas, alimentos e produção, como o leite.

A zona urbana de Pinheiro Machado ficou cerca de 48h sem energia, além de boa parte do interior que ficou muito mais e ainda tem pessoas sem energia.

O interior de Pedras Altas, até o fechamento desta edição, ainda enfrentava cerca de sete dias sem energia, fator que acabou causando a suspensão de aulas, em virtude também da falta de água na cidade. Conforme relatado ao TP, alimentos estão sendo perdidos como carnes e o leite está sendo colocado fora em razão da falta luz para o resfriamento.

Partes de localidades como a Vila Residencial, em Candiota, precisou se mobilizar para que somente no sábado (23) – três dias após o temporal, por volta das 23h30, a energia fosse totalmente restabelecida.

Também em Candiota, atingindo parte dos assentamentos Santa Lúcia, Sepé Tiarajú e Roça Nova, além de moradores da região do Jaguarão, motivou a mobilização da comunidade após cinco dias sem energia elétrica. Os moradores trancaram a estrada na segunda-feira (25) e conseguiram fazer com que as equipes da Equatorial Energia resolvessem o problema, restabelecendo a energia.

Outra região muito afetada e que até esta quarta-feira (27) estava sem energia, era os assentamentos 20 de Agosto (Dos Fundos) e Madrugada, no interior de Candiota e que ficam a cerca de 40km da sede do município. Os relatos que chegam dessas localidades são dramáticos e que não sabem mais para quem apelar.

 

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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