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Dirigente estadual do PT, vereadora de Candiota votou pela expulsão do colega bageense

Fernanda Santos disse que seu voto não foi pessoal e sim fruto de uma construção coletiva

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Rafael Fuca disse não ter recebido ainda de forma oficial a notificação de expulsão Foto: Divulgação TP

O diretório estadual do Partido dos Tra­balhadores (PT) do Rio Grande do Sul aprovou a expulsão de dois vereadores da sigla, na manhã do último sábado (3). Os vereado­res Paulo Lersch, de Santa Cruz do Sul, e o vereador Rafael Fuca, de Bagé, foram expulsos por indisciplina partidária e descumprimento do Estatuto do Partido.

As decisões, unâni­mes, foram amparadas nos relatórios produzidos pela Comissão de Ética, após período para manifestação da defesa e da manifestação das direções municipais.

Os dois vereadores votaram projetos dos go­vernos municipais, contra­riando orientação do partido nos municípios. “A decisão foi o caminho que restou ao PT, diante de práticas reite­radas de afronta às decisões, ao Estatuto e ao Código de Ética do partido”, disse o presidente estadual do PT, deputado Pepe Vargas.

A vereadora de Can­diota, Fernanda Santos, que juntamente com o filiado de Bagé, Marlon Monteiro, são os únicos da região com assento no diretório estadual, explicou seu voto favorável a expulsão. Ela faz parte da corrente interna Avante. “Não foi um voto contra o Fuca, que é meu amigo e de quem eu gosto. Na verdade foi uma deci­são coletiva e coerente. Me senti estranha dentro desse processo, mas estamos num momento de reafirmação de nossas bandeiras e em que pese as minhas relações de amizade com ele, pessoal­mente também votaria pela expulsão por ele não cumprir as orientações do partido. O PT só chegou aonde chegou porque seus membros sem­pre acataram as decisões coletivas. Nós temos obri­gação de defender as nossas bandeiras e o que diz o nosso estatuto, pois daqui a pouco vamos nos perder. Para mim foi muito difícil esse voto pela amizade que tenho com o Fuca, mas ao mesmo tempo saímos fortalecidos e sabendo qual PT a gente quer”, assinalou.

Fernanda Santos disse que voto foi difícil pela sua relação de amizade com Fuca, porém afirmou ter sido uma decisão coletiva Foto: Divulgação TP

Em entrevista na ma­nhã desta segunda-feira (5) à rádio Difusora, o vereador assinalou que ficou sabendo da decisão através da im­prensa e das redes sociais, não tendo sido notificado oficialmente ainda – fato que ele lamentou e criticou. Também, Fuca disse não concordar com a decisão do PT.

O diretório munici­pal do partido aguarda agora a notificação do diretório estadual para ingressar com pedido judicial do mandato, apesar de decisão do Tribu­nal Superior Eleitoral (TSE) já ter negado provimento quando se trata de expulsão. A primeira suplente do PT bageense é Janise Colares. O PT local possui neste mo­mento apenas um vereador, Lelinho Lopes.

Em sua entrevista à Difusora, Fuca confirmou que possui vários convites de partidos, porém disse que neste momento se manterá sem legenda. Para concorrer à reeleição, Fuca precisa se filiar até abril do ano que vem numa nova sigla.

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