Produto sumiu das farmácias Foto: Divulgação TP
A possibilidade do medicamento chamado hidroxicloroquina (também chamada de cloroquina) ser eficiente para o combate aos sintomas do novo coronavírus (Covid-19), fez que com houvesse uma espécie de corrida das pessoas às farmácias de todo o Brasil para a compra do remédio, que de fato está em estudo, porém ainda não existe nenhuma comprovação científica de sua eficiência. Além disso, houve um recolhimento do produto do mercado para abastecer hospitais.
O próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, aposta no medicamento como cura e disse que mandou aumentar a produção. Neste sábado (28) o filho do presidente e senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), compartilhou em suas redes sociais uma “reportagem” de uma possível cura pelo medicamento. O homem que aparecia na postagem não era um paciente de Covid-19 e sim um arquiteto gaúcho que foi internado no ano passado com enfisema pulmonar. Os autores da matéria pediram desculpas para a família.
Com a procura e o confisco, a droga sumiu das farmácias e pessoas que realmente precisam, estão sem, como é o caso de dois pacientes de Candiota.
Segundo o secretário de Saúde do município, Fabiano Aquere, os pacientes sofrem de lúpus, que é uma doença inflamatória autoimune, que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins e cérebro. A hidroxicloroquina é indicada para esta doença, assim como para a malária, por exemplo. Estas com comprovação científica de eficiência.
O secretário disse ao TP, que esta semana, será conseguido o remédio numa farmácia de manipulação de Pelotas. “Foi procurado até achar”, disse.
Depois da notícia de que a cloroquina poderia curar a Covid-19, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), baixaram uma normativa para que a compra da hidroxicloquina só seja feita mediante receita médica.
Segundo o assessor da Secretaria de Saúde de Candiota, Cláudio Hernandes, já está acontecendo a normalização do produto nas farmácias, inclusive da região.
