Editorial – Natal em família

Este título, ao menos para a nossa geração, nunca fez tanto sen­tido. De fato, vamos passar e precisamos fazer isso, um Natal restrito e bem restrito à nossa família – aquele núcleo menor. O novo coronaví­rus, que já nos ameaçava e agora tem mutações, avança mundo afora e no Brasil não para de infectar e matar pessoas – muitas delas muito próximas a nós.

O ano de 2020 nos trouxe uma vida diferente, uma prática dife­rente. Ainda não é possível medir o quanto isso trará de mudanças para a humanidade daqui por diante, mas o certo é que já nos modificamos – para melhor ou pior também não sabemos.

A crise da Covid-19 está em pleno andamento. Os seus reflexos podem ser mais ou menos devastadores, dependendo como os governos vão lidar ou lidam com isso. No Brasil, por conta de uma atrapalhação geral no poder central, que insiste em negar obviedades, não sabemos ao certo quando e como a vacina vai chegar. Contudo, seja por pressão política ou judicial, ela vai chegar, ainda que mais tarde que em outros países, nos causando, sem dúvidas, prejuízos de todas as ordens. Mas parece que já nos acostumamos a isso.

O 2021 é de esperança, porém os realistas sabem que será um ano muito difícil – tanto ou mais que este que se encerra. Teremos novos e novas prefeitas assumindo, mesmo que reeleitos, são novos governos. Os novos mandatários municipais, assim como o atuais tiveram, terão muitas dificuldades pela frente.

Enfim, o Natal e o ano-novo se aproximam e sempre, nestes mo­mentos, sejamos cristãos ou não, é época de reflexões, renovações e de planejar o futuro. O desejo e a certeza é de que vamos superar tudo isso, inclusive os ineptos no poder, inaugurando quem sabe, um novo tempo, com mais igualdade e justiça social no mundo.

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