*Por Marco Antônio Ballejo Canto
Os dias passaram e mais uma vez elegemos os prefeitos nas nossas cidades e também os vices e vereadores. Quase tudo dentro do esperado nas eleições majoritárias.
Meus informantes de Pedras Altas erraram o prognóstico e minha previsão de que o PT faria a maioria dos prefeitos da região falhou. Pensei que o PT ganharia em Bagé, Hulha Negra e Pedras Altas, no mínimo.
Em Candiota a vitória de Folador era esperada, ainda que alguns falassem das boas possibilidades do Adriano vencer. Folador é um fenômeno a ser estudado. É o primeiro ser humano na região da Campanha a ser eleito quatro vezes pelo povo para o cargo de prefeito. O povo de Candiota também precisa ser estudado. Desde a criação do município, e lá se vão mais de 32 anos, espera-se que Candiota tenha um fenomenal desenvolvimento. Porém, quem passa por Candiota de vez em quando, como eu, não nota algo relevante nos últimos 20 anos, pelo menos. Daqui uns dias vou passar na prefeitura e pedir para o Folador me mostrar o que não tenho percebido.
Em Pinheiro Machado tudo que me diziam era que a oposição tinha candidato para cumprir tabela uma vez que a reeleição do prefeito era pacífica e bastava apenas contar os votos para confirmar. As eleições para prefeito quando um candidato se destaca é bastante previsível.
Faz cerca de um ano e meio que encontrei Mainardi a última vez na Assembleia Legislativa e naquele momento falei que Mainardi venceria sem maiores problemas, outros talvez. O resultado mostrou que eu não estava errado. Uma disputa interessante com uma adversária aguerrida que tinha vantagem de ser novidade no cenário político. Porém, a proximidade com o governo federal é muito importante para Bagé e a maioria do povo se posicionou pensando nisso. Não todos, mas muitos que garantiram a vitória.
Em Pedras Altas me diziam que seria um passeio triunfal do prefeito candidato à reeleição. Quem me falou não se deu conta de que havia uma adversária e que é melhor observar de perto todos os passos dos antagonistas. Estes não estão de brincadeira. Se normalmente parece que vai dar a lógica, seguidamente a exceção entra em campo. Melhor é festejar depois dos votos contados.
Em Hulha Negra deu a lógica, Campani. Escrevi aqui com bastante antecedência que em Hulha Negra todos sabiam quem iria ganhar. E também todos sabiam quem entraria em último. Em julho escrevi aqui: – Os remanescentes do PDT darão uma demonstração de pouca inteligência lançando candidato. Quem vai querer apoiar quem só garante a derrota? O possível candidato do PDT pode ter certeza de que sua turma “vai roer a corda”… Os que estão no governo vão se definir para que lado vão mas em qualquer lado estarão “no mato sem cachorro”. Não precisava ser inteligente para pensar dessa maneira. O prefeito Renato Machado (PP) e sua equipe fizeram um esforço grande e determinado rumo à derrota da coligação PDT/PP que entrou em último lugar (de 3). Creio que na história nenhum candidato que entrou em último perdeu com tamanha diferença para o primeiro como desta vez. O povo julgou o governo e não o candidato que se prestou a cumprir o protocolo. Tanira Ramos era uma candidata com potencial, mas foi detonada pelo PL de Bagé e sua campanha ferrenha contra o MST. PP e PDT perderam dois vereadores de cinco que tinham, mas os cinco passaram quatro anos fazendo de conta que não tinham nada com isso com o governo.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*