PDV

Eletrobras diz que não abre mão de profissionais essenciais para operação da Usina de Candiota

Em nota, Companhia cita que pode recusar pedido de demissão voluntária

A Eletrobras emitiu nesta sexta-feira (23), uma nota de esclarecimento quanto ao Plano de Demissão Voluntária (PDV), lançado pela Companhia no dia 20 de junho. A nota chegou ao jornal via assessoria de Comunicação da CGT Eletrosul, que é proprietária da Usina de Candiota (Fase C) e subsidiária da Eletrobras.

No documento, a Eletrobras reafirma o seu compromisso com a excelência, segurança das pessoas e de suas operações e informa que poderá recusar a adesão ao PDV de funcionários que considerar essenciais para o funcionamento de suas operações, citando nominalmente a Usina de Candiota. “O PDV lançado nesta semana está associado a medidas de otimização de custos e despesas operacionais e pretende viabilizar maior aderência à nova estrutura organizacional da Companhia, que está em fase final de modelagem e implantação. Dessa forma, a Eletrobras informa que não vai abrir mão de profissionais que julgar imprescindíveis para o funcionamento da Usina de Candiota ou de qualquer outra de suas operações”.

SOBRE O PDV – O Plano foi lançado no dia 20 para implantação nas empresas Eletrobras com a previsão de saída de até 1.574 colaboradores – incluindo os da Usina de Candiota – e integra os compromissos previstos no acordo coletivo de trabalho.

As estimativas para o custeio global variam entre R$ 450 milhões e R$ 750 milhões, com um payback (cálculo que permite saber em quanto tempo os lucros trazidos por um investimento cobrirão o valor aplicado inicialmente) similar aos planos anteriormente praticados.

O período de inscrição para colaboradores interessados vai até 21 de julho de 2023, e os desligamentos ocorrerão a juízo e conveniência da Companhia, haja vista o compromisso inarredável com a excelência, segurança das pessoas e das operações, formação de sucessores em áreas críticas e gestão de conhecimento.

SINDICATO – Em entrevista anterior ao Tribuna do Pampa, a diretora do Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul (Senergisul), Cristina Gonzales, havia mostrado preocupação em decorrência da adesão ao PDV. “Estamos em um momento de incertezas, sem luz no fim do túnel, sem saber que caminhos seguir. É triste, preocupante e desgastante o que está acontecendo. Hoje temos uma previsão de cerca de 200 funcionários da CGT Eletrosul que podem aderir, ou seja, todos os concursados”, assinalou.

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