Enquanto os dias não passam

Enquanto janeiro não chega continuamos acompanhando as notícias pouco animadoras destes dias que passam se arrastando.
Enquanto alguns baderneiros, incentivados pelo presidente, continuam com o show deprimente de perdedores medíocres em frente aos quartéis, uma que outra notícia insinua um golpe improvável onde generais irresponsáveis salvariam o país mantendo o mesmo sob controle de um presidente também irresponsável. Precisa ter massa encefálica de pouca serventia para imaginar que os generais dariam um golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder. Mas, sempre há quem diga para manter a mobilização, “no Brasil tudo é possível”.
No Congresso Nacional o debate se dá no sentido do tal furo no teto de gastos que para muitos é impensável. Bolsonaro estourou o teto de gastos em quase R$ 800 bilhões nestes quase quatro anos, mas como ninguém entende de números… O Congresso que aprovou o Auxílio Brasil em R$ 600,00 até dezembro deste ano, fazendo alteração na Constituição em período eleitoral com o objetivo evidente de comprar a eleição (e quase conseguiram) quer fazer um amplo debate para “salvar o Brasil”, mas vão acabar aprovando o novo Bolsa Família em R$ 600,00, coisa que três meses atrás ninguém pensava em manter após as eleições, quando aprovaram “bondades” para enganar e comprar eleitores. Estão colocando dificuldades para obterem vantagens do governo eleito. Um bando de anjos batendo asinhas para nos salvarem.
Enquanto isso, o presidente que nunca gostou de trabalhar, se escondeu para não dar mostras de sua depressão com a derrota, segundo alguns, por culpa de uma erisipela, segundo outros, mas provavelmente para articular um golpe onde ele seria posto rei, imperador, ditador, qualquer coisa assim. Abandonado pelos políticos eleitos, tem de aturar o eleito Mourão, o vice que o presidente tratou como um ser inútil, deitando e rolando frases de efeito de quem assimilou a derrota, e Sérgio Moro, o sem serventia escanteado do ministério, que até anda quase quieto desfilando altivo prestes a tomar posse. A primeira-dama também sumiu, anda muito mal falada em bocas de matildes. O presidente como exemplo de chefe de família cheia de filhos com três mulheres, continua um desastre.
Lula por sua vez se esforça para arrumar confusão. Vai de carona com um empresário para um evento ambiental no Egito. Tá bem que o governo brasileiro poderia ter colocado um avião à disposição do presidente eleito, mas pegou mal. Toda vez que é preciso explicar, alguma coisa não foi feita aparentemente de forma adequada.
Alckmin, o vice que comanda a equipe de transição também se esforça. Nunca ouvi falar de uma equipe tão grande para “trabalhar” na transição. O que é pior, quanto maior a equipe maior o número de incompetentes. Está dando o que falar e não é para o bem.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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