Em Candiota, apenas a FARO terá esse novo modelo Foto: Raíssa Vargas/TP
A partir de 2023, seis escolas de Ensino Médio que compõem a 13ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) serão de tempo integral. O modelo de ensino, implementado pela Secretaria Estadual da Educação (SES), visa uma proposta pedagógica que responda às necessidades básicas dos alunos das escolas públicas estaduais.
O projeto será implantado de forma gradual e está contemplando apenas algumas escolas. Da região de circulação do TP, em Bagé, as escolas Luiz Mércio Teixeira, Justino Costa Quintana e Luiz Maria Ferraz (CIEP) foram as selecionadas e em Candiota, apenas a escola Francisco Assis Rosa de Oliveira (FARO), localizada na Vila Operária, foi contemplada com o novo modelo de ensino.
A mudança na matriz também será de forma gradual, primeiramente nos ingressos do 1º ano do Ensino Médio em 2023. Já em 2024, o plano é seguir sucessivamente com os segundos anos e 2025 com os terceiros anos, até completar a etapa final da Educação Básica. Isso acarretará uma mudança na carga horária, na qual os estudantes vão passar a frequentar as aulas durante 7h30, ou seja, manhã e tarde. Serão ofertadas aos estudantes três refeições, sendo dois lanches e um almoço.
Os alunos que vão ingressar no 1º ano que optarem por ir para estas escolas vão ter práticas experimentais em Matemática; Linguagens; Ciências da Natureza e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; Estudos Orientados; Projeto de Vida e Protagonismo Juvenil. Todas as mudanças foram aprovadas pela comunidade escolar, pois foram realizadas assembleias nas instituições para apresentação e aprovação.
A ideia do projeto Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral é garantir que o estudante tenha condições de concretizar seu Projeto de Vida e de se tornar um sujeito autônomo, solidário e competente. De acordo com a 13a CRE, essa proposta visa a formação integral dos estudantes, a partir de uma proposta pedagógica multidimensional, conectada à realidade dos jovens ao desenvolvimento de suas competências cognitivas e socioemocionais.
Para a diretora da escola FARO, Simone Costa, hoje essa condição é um fato dentro da rede estadual. “Eu vejo que no FARO teremos uma longa caminhada perante a esse novo modelo, mas acredito no potencial dos nossos professores e de- mais integrantes dessa ‘família’. Para os alunos será o momento de trabalharmos melhor a carga horária do Ensino Médio colocando em prática todo o protagonismo juvenil e ações efetivas visando melhores rendimentos em todos os sentidos”, falou.
MUDANÇAS – Em termos de estrutura, a diretora afirmou que a escola irá se adequando conforme a necessidade. “Como essa mudança será de forma gradual no Ensino Médio e acontecerá inicialmente apenas com o primeiro ano, ainda teremos que ajustar novos espaços ao longo do processo”, falou a professora.
Quanto aos docentes, Simone, afirmou que acontecerão alguns ajustes na carga horária dos professores que já são do quadro, a fim de otimizar as funções. “Como ainda não temos de forma oficial a nova grade e homologação da matriz, estamos no aguardo de novas orientações”, comentou.
* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso
