ATIVIDADE

Estância Costa do Quebracho convida para 1º Encontro de Pesca Esportiva em Hulha Negra

Encontro de Pesca vai acontecer na barragem da Estância Costa do Quebracho Foto: Divulgação TP

Com o objetivo de incentivar um novo modo de pesca na região, está agendado para o dia 24 de setembro, na Estância Costa do Quebracho, em Hulha Negra, a realização do 1º Encontro de Pesca Esportiva. O evento tem o apoio da Prefeitura de Hulha Negra e da Pousada do Sobrado, de Bagé e surgiu após uma reunião.

A proprietária da Estância, Rubia Bendler falou sobre o Encontro. “A Estância Costa do Quebracho já vem trabalhando com turismo rural de experiência e birdwatching (observação de aves). Sendo assim, resolvemos ampliar as atividades e optamos pela pesca esportiva. Também no intuito de preservação, pois com estes concursos passamos a ter um melhor monitoramento do local e ainda oferecemos a comunidade de Hulha Negra mais um esporte, um local de lazer para toda família”.

O Encontro também visa fomentar o turismo em Hulha Negra. Ao Tribuna do Pampa o vice-prefeito e diretor de Turismo do município, Igor Canto, falou sobre a ideia, também fazendo referência a infância. “Desde menino tinha o costume da pesca tradicional em Hulha Negra. Depois, mesmo morando em Porto Alegre, sempre pensávamos em vir para Hulha Negra encontrar os amigos do campo. Até foi feito um encontro anos atrás na estância do Renato Machado, quando convidamos amigos, mas este agora é diferente e tem outras finalidades. Queremos ver Hulha Negra crescer e mesmo diante de algumas dificuldades, como diretor de Turismo fizemos a primeira rota turística e em reunião na pousada do Sobrado, surgiu a proposta da Rúbia e resolvemos fazer essa pesca esportiva. Precisamos desmistificar a pesca com colocação de redes e ensinar esse método da pesca esportiva”, explicou.

Ainda segundo Igor, a pesca traz benefícios e por isso o incentivo ao esporte. “Com ela reduzimos o estresse. Adoro ficar com uma linha na mão, agora comprei um molinete, me da muita tranquilidade. Ajuda na concentração, aumenta a autoconfiança, promoção de exercícios, diversão com amigos”, disse o diretor.

 

INCENTIVO

 

O Encontro terá premiações como incentivo a quem gosta de pesca esportiva. Além de troféu, valor em dinheiro e brindes, os primeiros 50 inscritos vão ganhar uma camiseta.

* 1º lugar: troféu + R$ 300; 2º lugar: troféu + R$ 200; 3º lugar: troféu +R$ 100; Maior traíra: troféu + brindes; Menor traíra: troféu + brindes

O relato de quem integra o grupo de pescadores esportivos

 

O TP traz o relato de três pescadores que tornaram o método da pesca um esporte, visando a desmistificação da pesca com rede e em demasia das espécies. Eles falaram sobre a importância da conscientização da pesca esportiva.

O pescador Patrick Ferreira contou ao jornal que participa de uma equipe e que o método de pesca esportiva está sendo construído ao longo dos anos. “É um esporte bacana que não é explorado no Rio Grande do Sul, ao contrário do Paraná, Mato Grosso e São Paulo, onde há locais e sobrevivência através do turismo. Quando falamos dessa pesca esportiva é associado em não matar o peixe, mas não, é praticar a pesca com equipamentos artificiais, também preservando a natureza. O peixe pode ser consumido em algum momento, até porque é algo bíblico, mas tudo com controle e não como fomos cridos que quanto mais peixe melhor, fazendo depredação nos lugares”, relatou.

Ele associa a pesca esportiva ao ambiente familiar e diz que falta ainda, conscientização. “A pescaria esportiva, sem exagero de consumo, acaba ocasionando a preservação. Então, tu está praticando a pesca, te divertindo, faz fotos, divulga uma isca que ajuda o comércio. Ainda falta consciência por parte de uma parcela da população.  Os acessos a pesca estão cada vez mais difíceis, tanto pela questão da criminalidade como pela preservação do meio ambiente, pois muitos deixam muita sujeira nos campos”.

Especificamente sobre o Encontro em Hulha Negra, Patrick Ferreira disse que “o evento é importante para divulgar esse tipo de pesca, abrir novos horizontes, lugares pesqueiros. Torcemos que ajude. É um momento bom para levarmos as crianças, momentos em família”.

Já o pescador esportivo Rudimar Dutra, frisou que a falta de controle vai terminar com os peixes. “O pessoal presa muito mais ainda pela pesca predatória na nossa região, ir em uma barragem, colocar rede, pegar 100, 200, 300 peixes. Mas isso um dia vai terminar, pescar sem controle, não respeitar período da piracema, não traz fatores positivos. Por isso temos um grupo e nosso objetivo principal é o de organizar esse tipo de encontro, onde conseguimos juntar amigos, trocar experiências, dar dicas pra quem está começando, ter uma resenha entre pescadores, difundir a pesca esportiva”.

Por fim, Patrick Duarte, do grupo de pesca Bocudas da Fronteira, falou sobre a modalidade pesque e solte e a paixão pelo esporte. “Comecei a pescar com carretilha, isca artificial, fazer vídeos e criei um canal no Youtube de pesca chamado Bocudas da Fronteira e começamos a pescar por aí. Tive a ideia de criar o grupo que leva o mesmo nome. De início foi difícil porque a gente pescava e levava pra casa pra comer, mas começamos a nos conscientizar de que se não soltarmos em algum momento não ia ter mais, as pessoas devem ter consciência dos males da pesca predatória. Pra mim a pesca esportiva é uma paixão, acabo fabricando iscas 100% artesanais”.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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