REABERTURA DO COMÉRCIO

Executivo pinheirense disse acompanhar decisão da referência hospitalar ao flexibilizar decreto

Zé Antônio disse que não fazia mais sentido ser solidário com Pelotas, que havia flexibilizado Foto: Arquivo TP

Atividades comerciais consi­deradas não essenciais esta­riam paralisadas até a pró­xima terça-feira (18) em Pinheiro Machado. Essa era a realidade caso se cumprisse o penúltimo decreto assinado pelo prefeito Zé Antônio. Pouco menos de 48 horas depois dasmedidas passarem a valer, um novo documento foi publicado para retornar aos protocolos do Estado da classificação em ban­deira vermelha – risco alto de contaminação pela Covid-19, mas que permite abertura do comércio com algumas restrições.

Em conversa com o jornal ainda na última semana, o gestor justificou a decisão mais dura diante da preocupação com os municípios de referência hospitalar (Pelotas e Rio Grande) estarem chegando ao limite de ocupação de leitos. “Já tem paciente nosso sendo internado em Bagé por falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Pelotas e isso nos preocupa muito”, disse na oportunidade. A intenção, segundo ele, era evitar que o número de casos e internações aumentasse no município e os pacientes in­ternados tivessem tempo para se recuperar sem que superlotassem os hospitais.

MUDANÇA A mudança repenti­na acompanhou a movimentação de Pelotas quando, depois de um final de semana de fechamento total e até proibição de circulação de pessoas nas ruas – medida que acabou sendo derrubada pela Justiça, a prefeita Paula Masca­renhas adotou protocolo padrão da bandeira vermelha do Estado e permitiu a reabertura do comércio no município. No final da tarde de segunda-feira (10), na divulgação oficial da 14ª rodada do modelo de Distanciamento Controlado do Estado, toda a região foi classifi­cada para seguir protocolos diante do alto risco de contaminação pelo novo coronavírus. Pelotas acabou aderindo tais medidas na sua inte­gralidade.

Foi assim que o prefeito pinheirense justificou a autorização para revogar o documento publi­­cado anteriormente. “Pelotas fez uma grande mobilização durante dois dias para que toda a população ficasse dentro de suas casas e o co­mércio de portas fechadas, mas na segunda-feira (10) o lockdown se transformou apenas em protocolos do padrão do Estado. Não havia sentido Pinheiro Machado conti­nuar com medidas mais extremas, sendo que nossa intenção era ser solidário com o município vizinho, que por sua vez flexibilizou. Não é justo com os pinheirenses que precisam trabalhar, já não fazia mais sentido continuar com o decreto e foi então que decidimos por também permitir o retorno das atividades não essenciais”, expli­cou Zé Antônio.

LEGISLATIVO Na terça-feira (12), durante sessão ordinária da Câmara de Vereadores, Jaime Lucas (MDB), Wilson Lucas e Mateus Garcia (ambos do PDT) anunciaram a decisão do Execu­tivo e justificaram publicamente a mudança. Para a reportagem, o prefeito disse que, naquela tarde, chamou os parlamentares da base governista para coloca-los a par do novo decreto que passou a vigorar na quarta-feira (13). “Reunimos os nossos vereadores da base, os que estão sempre apoiando nossas decisões, e passamos a situação definida. A intenção era que eles pudessem já naquele mesmo dia explicar o que havia acontecido e defender tanto o que tínhamos tentado fazer com aquele decreto mais restritivo quanto nossa mudança de posicionamento e foi o que eles fizeram muito bem”, destacou.

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