DEBATE

Falta de água e de energia elétrica foram pautas no Legislativo candiotense

Vereadores questionaram o desabastecimento de água na cidade e as constantes quedas de energia

Vereadores de situação e oposição falaram sobre os temas Foto: Reprodução TP

A sessão ordinária de segunda-feira (18) contou com dois importantes temas em debate, o abastecimento de água e a falta de energia elétrica em Candiota. A atuação do município de Candiota e a Equatorial Energia foram cobrados pela entrega de serviços que não atendem as demandas na comunidade. Os temas foram pautas em virtude de faltas de energia na cidade que ocasionam também o desabastecimento de água. Os temas foram entrelaçados pelos vereadores ao fazer cobranças.

ÁGUA

 

A vereadora Luana Vais (PT) foi a primeira a falar sobre a água em Candiota. Ela disse não poder fechar os olhos e deixar de afirmar que falta gestão, além de que já é levantada há três anos no Legislativo. “Resolver o problema da água era uma das principais bandeiras e promessa de campanha do atual prefeito Luiz Carlos Folador e até agora nenhuma ação foi feita. Estamos em plena Semana Farroupilha, onde havia um concurso de invernadas no CTG Batalha do Seival e não tinha água para tomar chimarrão, quem dirá nos banheiros, foi um caos”, disse a vereadora.

O vereador Danilo Gonçalves (PT) também falou sobre a água. “Essa é a coisa mais absurda que tem, todos os fins de semana as pessoas estão sem água. A culpa agora é da Equatorial, não é mais da administração, mas está indo para três anos que houve a promessa de solução”.

Utilizando o espaço do artigo 25, o vereador Gildo Feijó falou sobre a questão da água e da energia elétrica, afirmando que o governo vai lutar até o último dia para resolver. “Não tem como não ter problema de água não tendo energia. As bombas são movidas a energia, então cada vez que falta energia, não tem como as bombas trabalharem, esgotam-se os reservatórios e até recuperá-los é um ou dois dias. Nós temos a obrigação de resolver esse problema, vamos trabalhar até o último dia para que fique resolvido de forma definitiva, para que na próxima legislatura não tenha que se falar nesse tema que faz 20 anos que se fala, todos passaram por lá e nenhum resolveu”.

 

EQUATORIAL

 

O vereador Jonas Morais (MDB), o John, falou sobre o descaso que ocorreu no último fim de semana em Candiota por parte da Equatorial Energia. “Na Semana Farroupilha, queda de luz em pleno baile. Diversas entidades não puderam realizar seus eventos por conta da falta de energia, causando um enorme prejuízo”, disse o vereador.

Na sequência, a vereadora Luana Vais mostrou indignação também pelo serviço da Equatorial Energia. “Fica aqui nossa indignação com a Equatorial, mas também com o município, pois não vemos o prefeito cobrar da Equatorial de forma mais incisiva uma solução para esse problema que está diretamente ligado a água e que é grave em nosso município”.

O vereador Guilherme Barão (PDT) questionou os prejuízos das entidades com a falta de energia elétrica. “Quem vai pagar os R$3,5 mil de prejuízo do CTG Luiz Chirivino por causa da Equatorial Energia? Está aí a terceirização, a venda do patrimônio público, e quem paga? O povo? É inadmissível”, afirmou.

Barão ainda fez uma solicitação aos gestores de Candiota e região. “Queremos que os prefeitos façam encaminhamentos para que os representantes que estiverem em Brasília, retornem na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para levar os prejuízos que a Equatorial Energia está causando à região. “Precisamos penalizar a empresa que está prejudicando o fornecimento de energia para o povo, seja o agricultor, pequeno produtor, instituição por queima de equipamentos. Foi relatado que a Equatorial é a segunda pior empresa do país em fornecimento de energia e não podemos deixar passar, devemos juntar os documentos que comprovem o quanto vem prejudicando a nossa região”, destacou.

O vereador Léo Lopes (PTB) disse que o serviço da Equatorial Energia era péssimo.  “Um serviço que pra ruim precisa melhorar muito. Temos acompanhado as centenas de reclamações da comunidade, de um serviço mal prestado, que muito mais que prejuízo material, traz uma infinidade de outras questões. Já soubemos de famílias que precisam de energia para tratamento de saúde de um ente querido e não tem o acesso. Não conheço ninguém que diga que é um serviço bem prestado, até porque se alguém aprova estará apunhalando pelas costas a comunidade”, manifestou Léo, lembrando que a Equatorial entrou com um pedido na Aneel para um reajuste de 44% nos serviços, ou seja, na conta de luz. “Tenho uma certeza, de que teremos mais faltas de energia devido ao serviço porco prestado pela concessionária”.

 

Utilização do gerador também é debatido

 

Um gerador foi comprado pelo município e segundo informado pelo prefeito Luiz Carlos Folador ao TP, o equipamento seria utilizado na captação de água bruta em caso de falta de energia para evitar o desabastecimento de água.

Pedindo o artigo 25, a vereadora Luana Vais falou sobre a compra do gerador, que segundo ela não tem fiação necessária para instalação. “Recebemos informação na Secretaria de Obras que não há fios para instalar o equipamento que seria colocado na captação de água bruta quando faltasse energia elétrica. Nos informaram que são muitos metros de fios e que são caros, mas talvez não houve planejamento, pois comprar gerador e não ter fiação, então que não comprasse o equipamento. Essa falta de planejamento do município está visível e pedimos a atenção de todos, pois parece piada mas é verdade, tem morador da sede de Candiota que paga para tomar banho no posto de combustíveis porque não tem água em casa. Isso é uma vergonha para o nosso município. Há problema da Equatorial, mas há falta de gestão do município também”.

Danilo Gonçalves também falou sobre o gerador. “Compraram um gerador e está ali guardado. Poderia resolver o problema, foi um dinheiro investido e está até agora ali dentro do pátio. Falta vontade, falta fio? Foi um gasto desnecessário então, pois poderia ter sido investido em outra coisa”.

O vereador Jonas Morais, como líder da bancada governista, também falou sobre o problema da água. Ele disse que pessoalmente havia falado com o prefeito Luiz Carlos Folador, com o chefe de Saneamento Roberson Cunha e com o secretário de Obras Paulo Feijó. “Me relataram que o gerador foi comprado na época do racionamento e que passada essa crise, vai ser utilizado em uma das Etas (Estações de Tratamento de Água), que está sendo analisada a forma de utilização e que um engenheiro elétrico já está em pauta para fazer um levantamento do que será necessário. Também me solidarizo com a questão da água, pois moro na João Magalhães Filho e é um dos últimos locais a chegar a água. Essa questão é do passado, é do presente, mas esperamos que não seja do futuro”.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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