UTE PAMPA SUL

Greve dos trabalhadores chega ao quarto dia consecutivo

No canteiro de obras está tudo paralisado

No canteiro de obras está tudo paralisado Foto: Claudenir Munhoz

Chega ao quarto dia consecutivo a greve dos trabalhadores da Usina Termelétrica (UTE) Pampa Sul – Miroel Wolowski. Os profissionais decidiram parar as atividades na quarta-feira, 22, pela manhã, durante assembleia. Os trabalhadores se mobilizaram e as máquinas estão paradas no canteiro de obras.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Bagé (Sticm), a greve envolve mais de mil trabalhadores de 12 empreiteiras, que prestam serviço para a Shandong Eletric Power Engineering Consulting Institute Corp (Sdepci), empresa chinesa contratada pela Engie Tractebel Energia para os serviços de engenharia.

Conforme o presidente do Sindicato, Nicanor Fara, a categoria reivindica melhores condições de trabalho e, principalmente, o reajuste salarial referente a 10%, proposto pelos empregadores, além de outros benefícios. Os funcionários reclamam, também, do piso profissional em R$ 1450 (dos serventes em R$ 1,2 mil), e R$ 250 de cesta básica, segurança, transporte, horas viajadas e baixadas. “Não há nenhum retorno das terceirizadas. Estamos aguardando uma posição. Ninguém está trabalhando e as empresas liberaram os trabalhadores para irem para casa. Há uma informação extraoficial que as empreiteiras vão entrar na Justiça alegando que a greve é ilegal, mas nada confirmado ainda”, destacou o presidente.

A Engie Tractebel mantém sua posição já informada e afirma que está acompanhando a movimentação, porém não possui ingerência direta nas negociações, pois sua relação é com a empresa chinesa. Neste sentido, de acordo com o gerente socioambiental da UTE Pampa Sul, Hugo Roger Estamm, as contratações das terceirizadas são da Sdepci, a qual é responsável diretamente pelos acordos, inclusive trabalhistas. A Tractebel espera que o impasse se resolva para que a obra tenha andamento.

Enquanto as empresas não se manifestam, as obras de construção continuam paradas. A Usina deverá entrar em operação comercial em janeiro de 2019.

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