EDUCAÇÃO

Grupo de pais faz mobilização por falta de professor na rede estadual em Candiota

Problema está sendo solucionado, mas alunos ainda poderão permanecer por mais de 15 dias sem aulas da disciplina

Escola FARO está com problemas pela falta de professor de língua portuguesa Foto: Arquivo TP

Na última quarta-feira (24), a equipe do Tribuna do Pampa foi procurada pelo grupo de pais da Escola Estadual de Ensino Médio Francisco Assis Rosa de Oliveira (FARO), localizada na Vila Operária em Candiota, que se mobilizou pela falta de professor na turma do segundo ano do ensino fundamental há mais de 20 dias.
Segundo a mãe de um dos alunos, Vanessa Gomes, cerca de 20 crianças estão enfrentando uma situação preocupante no educandário. Na mensagem enviada ao jornal, além de relatar o problema encarado, ela ainda ressalta que a turma conta com três crianças que possuem o Transtorno do Espectro Autista (TEA), que necessitam de monitora. “Foi bem difícil de conseguir, e agora que tem estão sem professora”, enfatizou.
ESCOLA – Em contato com a diretora da escola, Simone Costa, para saber sobre o andamento do assunto, ela informou que a professora que assumia a turma passou em um concurso público em outro município, e por isso se ausentou do cargo. Além disso, Simone afirmou que os anos finais do ensino fundamental e o primeiro ano do médio também estão desassistidos na matéria de língua portuguesa desde o dia 5, por conta desta saída repentina.
Em sua explicação, a professora ainda falou que o trâmite necessário inclui a solicitação de um pedido de provimento no Sistema de Gestão Escolar (ISE), e então o pedido é enviado para a 13ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), para a realização de um levantamento de todas as pessoas que podem assumir a vaga, e a partir daí ser levada para a Secretaria Estadual de Educação (Seduc).
“Esse pedido já está no sistema, nós estamos em tratativa com a coordenadoria que também por sua vez já realizou suas tentativas com todas as professoras que possam assumir esse contrato, mas ninguém tem disponibilidade”, explicou Simone.
Além disso, ela pontuou que não há possibilidade de colocar turmas na parte da manhã, como foi cogitado, por já ter todas as salas ocupadas no turno. “Foi uma das soluções que a coordenadoria nos apontou, mas não é possível por falta de sala”, ressaltou, e falou que acredita que tudo irá se encaminhar nas próximas semanas.
13ª CRE – A coordenadora da 13ª CRE, Miriele Rodrigues, também foi contatada e questionada sobre a situação da escola FARO. Em resposta ao TP, Miriele afirmou que o processo é bastante demorado entre a saída de um professor, e o pedido ser colocado no ISE para passar pela avaliação e ter a liberação do contrato em Porto Alegre, podendo demorar em torno de 15 a 20 dias dependendo de cada caso.
“Ainda estamos dentro do tempo planejado e esperado de contratação, porque envolve documentação e exame do professor. Então o processo de contratação não é tão simples, e também é um pouco demorado”, afirmou.
Na oportunidade, a equipe também questionou a coordenadora em relação a duas escolas que estavam passando pela mesma situação, sendo a Dario Lassance, na sede de Candiota, e 8 de Agosto na zona rural. O jornal foi informado que estes casos já foram resolvidos, e que os educandários já estão com seus professores trabalhando normalmente.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

Comentários do Facebook