SAÚDE

Índices aumentam, mas alguns municípios ainda não atingiram a meta de vacinação contra a poliomielite

Mesmo com duas prorrogações da campanha nacional, o RS não atingiu a meta de vacinação. Vacina continua disponível nos postos de saúde.

Vacina é aplicada em forma de gotinha e agora as crianças estão recebendo durante as vacinas de rotina Foto: Breno Esaki/Especial TP

O Ministério da Saúde (MS) alerta que a vacinação contra a poliomielite continua em todos os postos de saúde para as vacinas de rotina, quando deve ser aplicada em crianças de 15 meses e quatro anos. A campanha nacional de imunização de crianças precisou ser prorrogada por duas vezes devido às baixas coberturas vacinais.

No Rio Grande do Sul, apenas 78,07% do público-alvo recebeu a dose. A meta da campanha é atingir 95% das crianças até cinco anos, sob o risco de retornar a doença. Pois o Brasil não tem casos de poliomielite desde 1989. O Ministério da Saúde não confirmou a suspeita de uma criança paraense que teria contraído o vírus da doença. Até o momento, o diagnóstico é de paralisia flácida aguda, que pode ser causada por outros motivos, não apenas pela pólio.

Na região de circulação do Tribuna do Pampa, apenas Candiota alcançou a meta de vacina antes da prorrogação. Com exceção de Bagé que ultrapassou a meta durante o novo prazo, os municípios vizinhos, subiram o alcance, mas ainda não atingiram a meta. O município de Hulha Negra que anteriormente apresentava o percentual mais baixo na região de 43,40%, conseguiu atingir o indicador de 87,74%, o mais alto depois de Bagé e Candiota.

De acordo com o secretário de Saúde da Hulha, Volnei Coelho Jorge, o aumento é reflexo das ações da Secretaria. “A equipe fez uma busca ativa de faltosos, vacinamos nas escolas e creches, fomos de casa em casa. Os agentes comunitários de saúde fizeram uma varredura no município e colocamos em dia o cadastro no e-sus”, afirmou.

A DOENÇA – A poliomielite, comumente chamada de pólio, é uma doença altamente contagiosa causada pelo poliovírus selvagem. A grande maioria das infecções não produz sintomas, mas de 5 a 10 em cada 100 pessoas infectadas com esse vírus podem apresentar sintomas semelhantes aos da gripe. Em 1 a 200 casos, o vírus destrói partes do sistema nervoso, causando paralisia permanente nas pernas ou braços. Embora muito raro, o vírus pode atacar as partes do cérebro que ajudam a respirar, o que pode levar à morte.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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