VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Índices criminais gerais do Estado mostram redução deste tipo de crime

Dados das ocorrências, porém, mostram uma redução ainda considerada baixa de 2020 para 2021, nos primeiros seis meses do ano

A cada ano, ações policiais, orientativas e políticas públicas contra a criminalidade são intensificadas a fim de coibir qualquer tipo de ato violento relacionado a mulher. Medidas mais rigorosas relacionadas à Lei Maria da Penha têm contribuído de forma a dificultar ou estagnar os índices de ocorrência policial.

De acordo com dados do programa Quarentena sem Violência, da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica de Familiar do Tribunal de Justiça do RS, o Brasil ocupa o 5º lugar em mortes violentas de mulheres no mundo e, de acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a violência, o percentual de mulheres agredidas por ex-companheiros subiu de 13% para 37% entre 2011 e 2019, incluindo situações em que os agressores eram ex-maridos e também ex-namorados no momento do ataque. Os números representam um aumento de 284% desses casos.

O Tribuna do Pampa fez uma pesquisa no site da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul acerca dos números de ocorrências de ameaça, lesão corporal, estupro, feminicídio consumado e tentado relacionado a mulher. Foram pesquisados os índices gerais do Estado dos seis primeiros meses de 2021 e o mesmo período de 2020, em parte já dentro do isolamento da pandemia de Covid-19. Conforme o comparativo é possível perceber que de 2020 para 2021 (de janeiro a julho) houve uma pequena redução nos crimes de ameaça, lesão corporal, estupro e feminicídio tentado, registrando apenas um aumento de casos de feminicídios consumados.

NÚMEROS ESTADUAIS

ESTATÍSTICAS GERAIS 2020

– 19.670 casos de ameaça;
– 10.986 de lesão corporal;
– 1.112 de estupro;
– 53 feminicídios consumados;
– 167 feminicídios tentados.

ESTATÍSTICAS GERAIS 2021

– 18.201 casos de ameaça;
– 9.794 de lesão corporal;
– 1.081 de estupro;
– 58 feminicídios consumados;
– 144 feminicídios tentados.

REGIÃO – A pesquisa também traz os dados relativos a região do TP, com índices de Aceguá, Bagé, Candiota, Dom Pedrito, Hulha Negra, Pedras Altas e Pinheiro Machado. Entre os municípios pesquisados pelo jornal, até em razão do número de habitantes, Bagé apresenta o maior número de registros em alguns crimes. Cabe, porém destacar, registros de casos em praticamente todos os municípios de ocorrências de ameaça, lesão corporal e estupro (ver tabela). Quanto a casos de feminicídio, há apenas registros nos municípios de Bagé e Dom Pedrito nos seis primeiros meses dos dois anos.

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