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Jovens produtores da região mostraram experiências durante Encontro Virtual de Jovens Rurais

Evento foi promovido pela Emater/Ascar em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr)

Henrique e Andriessa participaram representando Hulha Negra Foto: Emater/Ascar/Especial TP

Realizado na última sexta-feira (4), o Encontro de Jovens Rurais de Bagé contou com a participação de dez jovens que levaram suas experiências no meio rural. Por meio de uma live, o evento contou com a participação do presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, e do gerente regional Rodolfo Perske. 

O tema Oportunidades e Potencialidades foi mediado pela coordenadora estadual do Trabalho com a Juventude Rural da Emater/RS-Ascar, Clarice Vaz Emmel Böck, e contou com os relatos dos jovens Antônio Henrique Outeiro Câmara e Andriessa Girotto, de Hulha Negra, Emmanuele Espinosa de Rosário do Sul, Diego Müller e Adriano de Freitas de Uruguaiana, Samara Falcão da Barra do Quaraí, Andressa Soares e Alessandra Teixeira de Lavras do Sul e Rafael Maia e Mariane Teixeira, de Dom Pedrito. 

O evento, realizado em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), teve como objetivo valorizar e fortalecer a juventude rural através da troca de experiências e conhecimentos, fomentando o incentivo às novas tecnologias e acesso às políticas públicas e lazer. 

Segundo Sandri, a presença do jovem no meio rural traz inovação e eventos como o Encontro de Jovens Rurais permite que a Emater/RS-Ascar avalie alternativas importantes para sua assistência.  

Perske relata que os escritórios municipais da Emater/RS-Ascar da região de Bagé são incentivados para trabalhar com a juventude rural, já que compreendem a importância da participação do jovem na propriedade onde vivem, junto com suas famílias, para que haja a sucessão rural. 

Vencendo diversas dificuldades, Henrique Outeiro relatou sua trajetória como agricultor familiar e o crescimento da sua agroindústria de panificados e doces – Tia Zane – no município de Hulha Negra. “O presente da agricultura familiar é fortalecer as oportunidades aos jovens para que em um futuro próximo se consiga produzir alimentos saudáveis”. 

Andriessa, jovem produtora de Hulha Negra contou sobre a produção de grãos na propriedade onde vive com seus pais. “Espero que a gente consiga permanecer aqui no campo e fazer a diferença nessa produção, por que eu acredito que seja muito importante para o nosso Brasil, pois a agricultura é a base de tudo”, relata. 

De Rosário do Sul, Emmanuele falou sobre as atividades que faz com seus pais na ovinocultura e bovinocultura de corte, e relata sobre as experiências e conhecimentos que adquiriu com a lida. “Quando penso no meu futuro, com certeza me vejo trabalhando na nossa propriedade. Quero me formar, estou estudando para técnico. Pretendo fazer faculdade e com isso eu trazer conhecimento, inovação e sustentabilidade, tanto para a nossa propriedade, quanto para a nossa comunidade”. 

Müller trouxe sua experiência em pecuária de corte e genética no municipio de Uruguaiana. “Acredito que a Emater tem que ser fortalecida. A presença deles para as pessoas do interior é muito importante, de extrema valia, pois levam conhecimentos e troca de experiências, o que é um potencial para as pequenas propriedades”, afirma o jovem produtor. 

A jovem Samara, da Barra do Quaraí explicou os processos de construção da sua agroindústria de pescados em finalização. “Eu e a minha família estamos na fase de finalização da nossa agroindústria, falta poucos detalhes para finalizarmos a obra e com a ajuda da Emater podemos melhorar e agregar valor e qualidade ao nosso produto e assim poder expandir nosso negócio nas escolas e mercados”, explica. 

Trazendo o artesanato em lã ovina, a jovem Andressa de Lavras do Sul demonstrou a vontade de desenvolver com suas produções “No início eu estava meio perdida, porque onde moro é muito distante, então eu não tinha convivência com ninguém e quando comecei a trabalhar me ajudou bastante”. 

Já Alessandra, também de Lavras do Sul, falou sobre o papel da Bolsa juventude Rural, na pecuária de corte que exerce com seus pais na propriedade onde vivem. “Eu sempre acompanhei o meu pai na criação de gado ajudando e já estava começando a criação foi então que a Emater me apresentou a bolsa Juventude rural. Quando fui aprovada na bolsa, ganhei um recurso no valor de dois mil reais, que usei na compra de uma vacilona, aumentando muito a minha renda e me fez motivou a seguir na pecuária de corte”, explica. 

Mariane, de Dom Pedrito, explicou como foi crescer no meio rural e suas trajetórias de aprendizagem na lida. “Com a entrada de jovens no campo, melhoramos cada vez mais o pensamento de que no campo não vai tecnologia e conhecimento. Muito pelo contrário hoje a pecuária e a lavoura, depende totalmente da tecnologia e estamos nos aprimorando mais para aprender e repassar também para quem está no campo junto com a gente”, analisa. 

Maia contou como começou a bovinocultura de leite que produz junto com seus pais. “Meus planos está em ficar no campo, fazer o melhoramento de pastagem e genética das vacas já tão refinadas. Também desejo fazer curso de inseminação e agora iniciei uma plantação dos citros, com 200 pés de bergamota e laranja”. 

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