Quando me preparava para escrever a coluna, sem uma ideia na cabeça, como quase sempre que sento para escrever, surge a notícia de que um novo Papa foi escolhido. O cardeal nascido nos Estados Unidos, mas que ganhou destaque atuando no Peru e no Vaticano, Robert Francis Prevost, 69 anos, é o novo Papa Leão XIV.
Consta que pretende avançar em algumas propostas de Francisco, mas tomando posse neste momento em que vive a humanidade, escolheu um nome apropriado, Leão. Como na selva, Leão precisará fazer um combate permanente para sobreviver, para manter o território, para ser respeitado, para ser mensageiro da paz num planeta em guerra e com grandes distorções quando se observam os conflitos.
Conflitos como a pouco tolerada invasão da Rússia à Ucrânia e muito tolerado como o genocídio que Israel promove em Gaza.
Porém, a humanidade em profunda transformação econômica e social anda perdida e pobre de líderes respeitáveis. Quando de um lado temos Trump e de outro lado Putin, temos dois casos de líderes amplamente questionáveis de duas potências decadentes.
“O cristianismo ter vingado é um fenômeno difícil de explicar, mas com seus acertos e erros a Igreja Católica foi fundamental para que o conhecimento cristão chegasse aos nossos dias.”
O Papa terá de ser um Leão para conviver e buscar a harmonia possível com Trump e Putin. Terá de levar a Igreja Católica Apostólica Romana, cada vez menos Romana, dada a influência decadente da Igreja Italiana no contexto global da Igreja Católica, para mais perto da pessoas e quem sabe humanizar a cúpula da Igreja, que continua agarrada a conceitos da Idade Média.
Não é difícil. O amor e a paz são conceitos universais e precisam de quem os promova bem.
Os que muito questionam os católicos, e são muitos, devem ser lembrados, e sempre lembrados, que os ensinamentos cristãos chegaram até nós por séculos através da Igreja Católica.
Se o velho testamento tem origem no ensinamento judaico, o novo testamento surge dos confins do Império Romano. Bíblia quer dizer ‘coleção de livros’, reunidos na forma como conhecemos hoje somente a partir do século 4 d.C. Divididos em Velho e Novo Testamento, datados de antes e depois de Cristo, respectivamente, foram escritos em hebraico, aramaico e grego.
O cristianismo ter vingado é um fenômeno difícil de explicar, mas com seus acertos e erros a Igreja Católica foi fundamental para que o conhecimento cristão chegasse aos nossos dias.
Leão XIV pode muito, pode falar grosso (como quem fala leve), mas como diria um poeta brasileiro ‘pode (e deve) botar seu bloco na rua’, que os mais relevantes ensinamentos que devemos aprender estão documentados e chegaram até nós graças ao sacrifício dos que souberam com fé, amor e esperança honrar o ensinamento cristão.
JÁ FOI CONTEÚDO NO IMPRESSO