Agora que já falamos sobre a Matriz energética, já podemos avançar para a Matriz de Energia Elétrica, que é um dos recursos mais utilizados, mas não sempre lembrado. Confiamos tanto na disponibilidade de energia elétrica, que não lembramos que ela existe. Simplesmente ligamos um interruptor ou tomada e ela está ali. Por isso, não cabe aqui trazer exemplos de sua aplicação e/ou utilização, apenas lembrar de sua importância.
Mundialmente a geração de energia elétrica está baseada nos recursos fósseis, sendo o carvão mineral o recurso mais utilizado, com 37% da matriz. Em segundo lugar está o gás natural, com 24%, tendo a hidráulica com 16% e nuclear com 10%, o restante são as renováveis (solar, eólica, marés, geotérmica, biomassa) e o petróleo e seus derivados.
Aqui, mais uma vez, o Brasil mostra para o mundo que suas políticas de desenvolvimento priorizaram a utilização de recursos renováveis. Temos 85% da nossa matriz de energia elétrica oriunda de fontes renováveis (hidráulica com 65% e biomassa, eólica e solar com outros 20%). Os demais 15% estão divididos entre gás natural (8%), derivados de petróleo (2%), nuclear (2%) e só então o carvão mineral (3%).
Agora, comparando os diferentes modelos de matrizes (Brasil x restante do mundo), ao mesmo tempo que relembramos o que já falamos aqui sobre Transição Justa de Energia, cabe a reflexão: Quem deve puxar a Transição Justa? O Brasil ou os países que possuem dependência de combustíveis fósseis?
Pouco o Brasil pode contribuir através de políticas restritivas quanto ao uso do carvão, existem outras prioridades. Precisamos analisar a origem de nossas emissões de Gases de Efeito Estufa! Na próxima semana vamos discutir isso. Até!
* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso
