Em nossa ultima coluna falamos da importância da sociedade na sustentabilidade local. Hoje vamos abordar o conceito de cidades inteligentes e sustentáveis.
Existe uma falsa premissa que cidades inteligentes são aquelas nas quais os equipamentos e máquinas estão inteiramente conectados na internet, sendo que tudo fala com tudo. Neste contexto, a geladeira de uma casa é capaz de analisar o que existe dentro dela e, com base na expectativa de seu proprietário, mandar uma lista de compras para o supermercado e realizando o seu reabastecimento de forma automática.
O exemplo pode parecer simples, mas vamos imaginar um automóvel que, ao se aproximar de uma escola, é capaz de identificar a placa de restrição de velocidade e de forma autônoma reduz de velocidade! Ao se aproxima de um hospital, ele desativa a buzina do carro, pois ali é proibido buzinar! Ao chegar na faixa de pedestre, identifica que existe uma pessoa para atravessar a rua e automaticamente reduz! Essas tecnologias já estão implantadas e já fazem parte do dia-a-dia.
Onde entra a sustentabilidade? Ela estará inserida ao longo de todas as soluções. Nas cidades do futuro, os circuitos de água serão fechados, reaproveitando e mandando para consumo novamente. Havendo um vazamento, o sistema desvia o fluxo daquela localidade, evitando o desperdício. Todo o lixo será reciclado, gerando novos produtos, energia ou então compostagem para ser usada em parques e jardins municipais.
Assim, essas cidades não são aquelas onde há mais investimento ou maior disponibilidade de internet, mas aquela que busca soluções para seus problemas. O simples fato de reciclar o lixo, já torna a nossa cidade inteligente e sustentável.
* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso
