Já se fala nos bastidores que é muito difícil a possibilidade de privatização da Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Um filme muito parecido com este foi vivido no final da década de 1990 – na época o governador era Antônio Britto (PMDB).
A CRM esteve pronta para a venda, tinha até comprador, a gigante mineradora inglesa RTZ. O detalhe é que não deu tempo. Britto deixou para vendê-la em um eventual segundo mandato seu, contudo, ele perdeu as eleições para o petista Olívio Dutra e a CRM não foi para as mãos privadas.
O que se vê agora é um processo velado. O governo do Estado não fala abertamente que quer vender CEEE, Corsan, Corag e CRM, entre outras, porém se sabe que nos bastidores e na mesa do governador José Ivo Sartori está esta proposta em análise. O governo vai emitindo sinais neste sentido e medindo se há clima para tanto.
A atual direção da CRM, como já dito aqui em outras ocasiões, se mostra distante da comunidade e com o discurso da crise (que não alcança as empresas terceirizadas), esquiva-se da responsabilidade social que sempre a caracterizou ao longo da história.
A mobilização que está sendo feita contra a privatização da estatal vai medir sua penetração na população candiotense e regional nesta quinta-feira, 27, quando se pretende abraçar a sede da companhia em Candiota. O movimento deverá alcançar repercussão estadual.