Nem Grenal, nem títulos

Em 06 de setembro, escrevi que “O Grêmio foi competitivo e ganhou (do Palmeiras) com o time mais limitado que entra em campo nos últimos três anos. Contra o Flamengo, organizado de forma competente e embalado pelo Maracanã, que parece ter voltado aos seus melhores dias, com grandes públicos, o Grêmio foi o time fraco que ganha de times ainda mais fracos, em jogos que não valem muito. O Internacional continua com um time que quase não promete e quando promete, não cumpre. Têm dias que acerto nos meus comentários, o que nem sempre acontece. O futebol muito pouco muda as nossas vidas, mas dá uma trégua em nossas frustrações, em alguns momentos.
Deixando o esporte e voltando para as coisas que nos impactam diretamente, vimos os problemas que ocorrem no Chile e isto deve ser motivo de preocupação, assim como os problemas que ocorrem na Venezuela. Se bem que o que deve nos preocupar mesmo ocorre aqui, no Brasil.
A reforma da previdência foi aprovada e os mais pobres pagarão a conta. Quem pode mais, como neste momento os militares, ficam com as benesses dos mesmos deputados e senadores.
Vem mais por aí.
No Chile, de tanto que a “direita liberal” que tudo sabe e resolve impôs privações aos mais pobres, estes foram para o confronto, morrendo alguns por ser necessário. Alguns já disseram que é preferível morrer de pé a viver de joelhos. Estes alguns estão em todos os lugares e podem estar no Brasil a qualquer momento, como estiveram em vários atos durante a ditadura militar.
Se bem que por aqui, mata-se mais numa incursão da polícia por uma favela no Rio de Janeiro que na rebelião de um país inteiro.
A próxima reforma, a tributária, precisa resolver o caixa da previdência. Com a reforma trabalhista, os empregos novos com carteira assinada são, em grande parte, de “trabalho intermitente”, com salários baixíssimos, enquanto os trabalhadores com maiores salários estão virando pessoas jurídicas e deixam de contribuir com a previdência. Logo, logo, será preciso maiores sacrifícios das classes trabalhadoras.
Enquanto isto, com a crescente concentração de renda nas mãos de poucos, cresce o número de milionários e bilionários no país.

Comentários do Facebook