Num momento tão grave do mundo, o Brasil pode estar perdendo a oportunidade de se reconciliar. Temos a chance de nos unir contra o novo coronavírus (Covid-19).
Neste momento, mais uma vez, a sociedade parece estar dividida, seguindo no clima de Grenal. Agora é entre abre ou não abre o comércio? Salva ou não salva a economia. Fica na horizontalidade ou verticaliza o isolamento? Essas decisões, como bem disse o vice-presidente Hamilton Mourão, não podem passar por questões e paixões políticas e sim por avaliações de quem entende do assunto.
A vida das pessoas não pode ser uma aposta. Estamos lidando com um vírus que tem matado milhares ao redor do mundo e no Brasil, em poucos dias, já matou quase uma centena.
O isolamento social, que já tem dado resultados positivos em São Paulo – epicentro da pandemia no Brasil, pode sim ser suspenso, relaxado ou flexibilizado, porém com base em dados científicos e não apenas no achismo. As cidades de Bérgamo e Milão, na Itália, usaram o slogan ‘A Itália não pode parar’. Foi um desastre, com milhares de mortos e agora suas economias ainda mais arruinadas. Não que isso vá ocorrer no Brasil, cada caso é um caso, e por isso das decisões serem tomadas com a serenidade que o momento exige e não por pressões políticas e econômicas.
Aqui na região, nossos prefeitos, sem exceção, mostraram um grau altíssimo de responsabilidade, fazendo jus aos cargos que exercem, quando tomaram e tomam as medidas necessárias para tentar conter a pandemia.
Assim, devemos avaliar todas as circunstâncias, pensarmos como vamos acudir os irmãos e irmãs desempregados, da informalidade, os trabalhadores empregados para que não percam seus empregos e as nossas empresas. O que não há solução é a morte.
Não vamos pregar o isolamento social indefinidamente e sem propósito, mas ao mesmo tempo não é possível ser irresponsável, sem qualquer base, sustentar o fim de medidas que o mundo inteiro tem adotado para conter o inimigo invisível. Unidos, haveremos de vencer!
