O futuro da Lava Jato

Após a ainda cercada de mistérios queda do avião que matou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, na última quinta-feira (19), o que também está inquietando os brasileiros é sobre qual será o futuro da Operação Lava Jato, da qual o ministro morto era o relator do inquérito na mais alta corte judicial do País.

Não há como não desconfiar de sua morte e as circunstâncias que ocorreram, ainda mais quando ele estava prestes a levantar os sigilos da chamada delação do fim do mundo, feita por quase uma centena de executivos da empresa Odebrecht. Contudo, isso, talvez, as investigações irão apontar se houve crime ou foi meramente um acidente.

Enquanto essa resposta não é obtida e podemos ficar sem ela para sempre, o fato é que a morte do ministro beneficiou momentaneamente os implicados, principalmente aqueles que possuem foro privilegiado, que são, em sua grande maioria, políticos e parte deles, integrantes do governo federal e da base do atual governo.

Mas, ao que tudo indica e assim os brasileiros esperam, é que a Lava Jato não pare com as investigações e que não tenha servido apenas para punir uma parte dos envolvidos, como tem sido até agora. O que a Nação aguarda é que a ministra-presidente do STF, Carmem Lúcia, tome a dianteira desse processo, homologue as delações que cumprem todos os requisitos e o mais rápido possível se tenha um novo relator do processo, para que a operação tenha continuidade e que não fique gravada na história como uma investigação seletiva, parcial e apenas cumpriu uma missão política.

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