Esqueçam hoje direito, política, filosofia, literatura e afins. Não escreverei sobre isso. Escreverei, por outro lado, acerca de algo mais importante (risos), o futebol. Sim, o futebol é importante, “a coisa mais importante dentre as menos importantes”, como disse o italiano Arrigo Sacchi. Não é a mais importante, evidentemente. Mas, ainda assim, tem a sua concreta relevância em nosso meio social, afinal, move multidões, envolve símbolos, carrega história, estimula paixões, tem assento na economia e gera empregos.
Sou gremista, como se sabe. Torço, dito de outra maneira, para o Grêmio Football Porto-Alegrense, o maior, mais vencedor e mais prestigiado clube de futebol do Sul do país. Há quem diga, entretanto, que eu sempre tenha buscado me aproximar de algum alvirrubro (talvez a psicanálise explique… risos). O fato é que eu o encontrei, desde criança, quando ia ao estádio Estrela D’alva, quarto estádio mais antigo do Brasil, assistir aos jogos com o meu pai, Elton Barcelos. E é do Guarany de Bagé, o Índio Guerreiro, que falo hoje nesta coluna.
O Guarany Futebol Clube, para quem não sabe, foi fundado em 19 de abril de 1907, a partir de uma reunião de onze pessoas realizada na Praça da Matriz, em Bagé. Há relatos de época dando conta de que a neófita agremiação deveria se chamar “Internacional”, tendo prevalecido, no entanto, o “Guarany”. Que acerto! O Guarany de Bagé, então, foi o primeiro clube gaúcho a utilizar o vermelho e o branco em seu uniforme, sendo assim, o primeiro “alvirrubro” do Estado do Rio Grande do Sul. É dele, do Índio Guerreiro, que falarei hoje.
Clube vencedor – até hoje, passados quase cem anos, é o único bicampeão gaúcho do interior do RS. Clube de jogadores históricos, tais como Juan Héctor Lugano, Osvaldo, Nanão, Picão, Martin Silveira, Carlos Calvete, o zagueiro que seria bicampeão da Libertadores e do Mundo no Santos de Pelé, Saulzinho (que fez história no Vasco, de igual modo), Luís Fernando Rosa Flores (um dos maiores jogadores da história de grandes clubes, como Inter, Cruzeiro e Bahia), Branco, o lateral esquerdo campeão do Mundo pelo Brasil em 1994, dentre outros ídolos. E um clube com uma torcida apaixonada e dedicada à sua boa saúde, financeira e futebolística.
Tenho muito orgulho do Guarany de Bagé, do qual sou sócio. E o carrego sempre comigo. Mesmo de longe, e escrevo de Brasília, acompanho os jogos e as suas redes sociais. Qual foi, por exemplo, a satisfação, de ter ouvido, recentemente, meu amado tio, Telminho Barcelos, comentado jogos do Guarany pela histórica Rádio Clube de Bagé? Gigantesca! Trata-se de raiz e de família. Boas lembranças das nossas presenças no Estrela D’alva, pai e tio.
Registro, e não poderia ser diferente, meus cumprimentos sinceros e calorosos a algumas pessoas mais: Tato Moreira, Presidente do Guarany, que se mostra como um exemplo valoroso de boa administração. Jorge Kaé, médico conhecido e reconhecido, Vice-Presidente do Guarany, que muito já deu à instituição, inclusive em momentos dos mais tormentosos. E Fabiano Marimon, empresário de sucesso que dedica parte do seu tempo para o bem da agremiação. Comissão técnica e aguerrido grupo de jogadores. Além de outros tantos. Sintam-se todos agraciados. Parabéns! Avante, Guarany!
O meu Guarany!
Redação TP
13:10 - 07/03/2025
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