Perspectivas

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Marco Antônio Ballejo Canto

O ano começa com notícias de que diversos países do mundo já estão vacinando, o que é uma notícia boa. Naturalmen­te, os telejornais e outras mídias ressaltam que está devagar. A notícia ruim é sempre mais relevante, para quem vende a maté­ria, que a notícia boa.

Felizmente, na minha casa, não assistimos televi­são, exceto para ver algum programa que escolhemos, esportivo ou no Netflix. Escolher o que queremos ver é muito importante. Os noticiários de televisão são mon­tados com quase todas as notícias negativas; filmes e novelas são pautados, normalmente, por intrigas, dramas, traições e outras coisas ruins que as pessoas deveriam evitar.

Desde Salomão, que viveu cerca de mil anos antes de Cristo, “os loucos desprezam a sabedoria e a instrução”, quem não leu os provérbios poderia ler, já sabemos que devemos nos aproximar de pessoas e comportamentos bons. Há quem diga que somos a média das três pessoas com quem mais convivemos. Assim, se as pessoas com quem você mais convive são três fofoqueiros, provavelmente você será a quarta deste grupo. Porém, se você convive diariamente com três sábios, provavelmente se tornará um.

No Brasil, estamos atrasados em termos de va­cinação, mas isto é normal. Sempre que tratamos um caso com desleixo, quando outros tratam com atenção, vimos os outros terem sucesso e descobrimos o quan­to poderíamos ser bem sucedidos e ainda não somos. Muitos até ficam com inveja do sucesso alheio. Também é normal. A inveja é uma característica de pessoas que, podendo ser competentes, não são.

Por aqui, tudo é mais complicado. Até a vacina que está mais próxima de ser distribuída apresenta percen­tuais de eficiência de deixar felizes os negacionistas. E com “uma pulga atrás da orelha” os que não são.

Contudo, não vai demorar muito e o que não vai faltar são vacinas.

Faz tempo que quase tudo é normalidade, exceto o medo de quem continua vivo e tem alguma respon­sabilidade social e consigo mesmo. Não são muitos, certamente não são a maioria. Aprendemos a tratar a desgraça como fatalidade, acontecimentos normais como acidentes. Acidente é o que não planejamos e ocorre de forma inesperada. Ser negligente e por isto pegar e levar doença para dentro de casa não é fatali­dade, nem acidente.

Quando voltamos de viagem e estamos chegando, a tendência de quem dirige é acelerar. Neste momento, quando estamos perto de chegar a um porto seguro, é prudente manter a velocidade ao percorrer esta reta final. Estar vacinado é a melhor perspectiva de 2021.

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