PIB

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A semana foi impac­tada pela divulgação do PIB dos dois primeiros trimestres de 2020 e pela expectativa de que o go­verno, enfim, envie ao congresso as reformas administrativa e tributária que podem representar avanços ou retrocessos.

O PIB, o conjunto da riqueza produzida no país, caiu 2,5% no primeiro trimestre (janeiro/março) e 9,7% no segundo trimestre (abril/junho), ambos em relação aos trimestres anteriores. O dado do segundo trimestre poderia ter sido pior. O PIB do primeiro trimestre, pou­co impactado pela pandemia que começou a produzir efeitos em março, parece mais relevante uma vez que mostra que antes da pandemia, havia uma tendência negativa em relação ao desempenho da produção de riquezas no Brasil com aausência de qualquer elemento relevante que indicasse melhora da economia brasileira em 2020 (este ano expressiva parte da população que trabalha com carteira assinada passou a receber menos em razão do aumento das alíquotas da previdência).

Quase tudo de relevante que o governo prometeu não se cumpriu em 2019, como zerar o déficit público no primeiro ano de governo (o déficit foi de cerca de 90 bilhões de reais), arrecadar um trilhão de reis com a venda de estatais (deu cerca de cem bilhões), entre outras. Na realidade, o governo ainda se sustenta com acréscimos de receitas vindas da venda de patrimônio recebido de governos anteriores, o que também se chama de desinvestimentos, e da venda de dólares das reservas internacionais, também recebidas de governos anteriores.

A queda do PIB no segundo semestre, compara­da com outros países, não foi das melhores nem das piores. Isto não significa muito. Há países que pararam muito mais forte que o Brasil.Nestes, o PIB caiu mais no segundo trimestre, mas a economia volta mais rapida­mente e o número de mortes, comparando com o Brasil, foi menor. A queda do PIB não foi maior em razão do auxílio emergencial que o governo queria que fosse de R$ 200,00, o congresso queria R$ 500,00 e o governo, para não dizer que o congresso estabeleceu o valor, fechou em R$ 600,00 e agora reduziu para R$ 300,00.

No Brasil, o número de mortes pela pandemia derrapa na descida e a economia deverá derrapar na subida, por alguns anos, é a previsão de muitos econo­mistas. A redução dos valores do auxílio emergencial é um complicador. Pago a muitos que recebem indevida­mente, os que precisam realmente passam a receber pouco.

Neste ano, quando vamos eleger governantes municipais, é preciso avaliar quem poderá melhor de­sempenhar com pouco.

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