Lenimar Melo, a Maninha, havia ficado quatro anos sem fazer mamografia, quando descobriu a doença Foto: J. André TP
Durante da sessão ordinária da Câmara de Pinheiro Machado nesta terça-feira (25), três palestras/depoimentos foram ministradas aos presentes no plenário, mas também transmitidas pela internet. O tema foi a prevenção ao câncer de mama, colo do útero e ao HPV, dentro das programações do Outubro Rosa.
Entre as três importantes exposições, o depoimento emocionado da funcionária pública Lenimar Melo, a Maninha, deixou a todos comovidos, além de servir como um grande alerta.
Com um histórico grande de pessoas com câncer na família, incluindo sua mãe que faleceu aos 49 anos, ela jamais cogitou ou achou que um dia a doença lhe acometeria.
Depois de relaxar por quatro anos sem fazer uma mamografia, Maninha finalmente buscou a realização do procedimento em outubro de 2020. Apareceu um nódulo, mas o laudo foi inconclusivo. Ela consultou com um mastologista e colheu material para biópsia.
O resultado em 5 de março de 2021, segundo contou, já bem emocionada, foi visto pela internet juntamente com o filho e a filha. Havia de fato um carcinoma, retirado somente em agosto de 2021. “Medo e muita incerteza do que viria pela frente foram os sentimentos naquele momento”, salientou, lembrando que há havia perdido há pouco um irmão com um câncer de pulmão.
DIREITO A FRAQUEZA – De uma personalidade forte, dona de si e mulher independente, ela chegou a um momento do tratamento penoso de quimioterapia e radioterapia, que disse a ela mesma que tinha o direito de ser fraca, de pedir ajuda e acolhimento.
As sessões de radioterapia lhe queimaram as axilas e embaixo do seio, além de ter sofrido muito com a quimioterapia. “Cai na real, fiquei sensível à luminosidade, muito debilitada fisicamente e fragilizada. Fui para a casa dos filhos, me rendi. Precisamos de muito apoio e carinho, pois o medo e a incerteza do amanhã nos acompanham muito nessas horas”, disse.
Curada, a guerreira já realizou a primeira revisão, está se cuidando e monitorando. “A prevenção é a chave de tudo. Não façam como eu que fiquei quatro anos sem fazer exames. Não é nada fácil enfrentar o câncer. É muito complicado. Deus testa todas as nossas forças, mas eu venci e agora é vida que segue”, destaca.
* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso
