A voz grave e marcante de Ruy Faria, 75 anos, que ecoou por muitas edições como mestre de cerimônias da Comparsa da Canção Nativa de Pinheiro Machado, ficará para sempre na memória de quem ouviu e assistiu o festival realizado em paralelo à Festa e Feira Estadual da Ovelha (Feovelha). Ele faleceu na madrugada da última segunda-feira (10), em decorrência de uma enfermidade.
Tradicionalista de quatro costados, Ruy foi patrão do Centro Cacimbinhense de Tradições Gaúchas (CCTG) Lila Alves por dois mandatos (1981-1982 e 1986-1987), além de participar de outras tantas gestões e ter sido o coordenador da 21ª Região Tradicionalista (RT) em 1987. Também foi durante anos um dos principais organizadores da busca pelo município da Chama Crioula nas semanas farroupilhas.
Porém, nada é mais marcante que sua voz abrindo e apresentando a Comparsa da Canção. Ruy foi e será sempre a ‘Voz da Comparsa’ – festival que ajudou a construir. Por muitas vezes também foi a voz da Feovelha.
O CCTG Lila Alves postou uma nota de pesar, assim como, a Ordem dos Cavaleiros do RS (Orcav) e a vice-presidência de Cavalgadas do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Ruy era Cavaleiro Bento Gonçalves da Orcav.
Ele deixou a esposa e companheira de vida, Tudinha Quadros Faria, e as filhas Vanessa e Fabiane, dois netos e uma neta.
O corpo de Ruy foi sepultado no fim da tarde de segunda-feira, no Cemitério Municipal.