Política

Faltando pouco mais de um mês para o primeiro turno das eleições no Brasil o cenário nacional e estadual pouco se alterou em relação ao que havia um mês e meio atrás. No Brasil a vantagem de Lula, com alguma folga em relação a Bolsonaro se mantém e no Rio Grande do Sul, Eduardo Leite deve vencer com alguma folga também.
No Brasil não será um pacote eleitoreiro que alterou a constituição com a clara intenção de, mais uma vez, manipular o resultado das eleições que vai resolver alguma coisa para o atual presidente. O governo de Bolsonaro vem sendo avaliado pela população desde que começou, em janeiro de 2019 e não será nada de novo em questão de dias que vai mudar a avaliação do mesmo pela maioria da população.
Bolsonaro deve perder graças a ele mesmo. Disse asneiras sem parar durante todos estes anos, como aliás vem dizendo a vida inteira, ameaçou dar golpes de estado umas dúzias de vezes, até porque, com razão, tem medo de ser preso após deixar o governo, e poderia ser se as leis fossem cumpridas para os que têm muito poder neste país. Fez um governo desastrado na área da educação, pior na área da saúde e deixou escapar a gata com a cinta na área da economia que desandou com dólar alto, inflação alta e levou milhões de pessoas voltaram a viver abaixo da linha da pobreza.
Sem terceira via, Lula se não falar muita bobagem, deve ganhar. Como a eleição está polarizada, melhor é resolver logo no primeiro turno e esquecer as tais terceiras vias.
No Estado, o General Mourão, aquele do relho, deve levar um relhaço do povo. Nas pesquisas está em terceiro lugar e, com Olívio Dutra e Ana Amélia na disputa pelo Senado, se Mourão for o melhor que os outros já vai ficar bem para ele. Aliás, Mourão se registrou na justiça eleitoral sem o General, o que apenas demonstra a convicção de que apontar as forças armadas como solução para a administração do país falhou mais uma vez.
Na eleição para governador, a esquerda não apresenta candidato que emocione a sociedade. Assim, ficam na disputa os de direita ou centro-direita. Despontam Eduardo leite e Ônix Lorenzoni. O candidato do governo federal, Ônix, teve a máquina do governo federal na mão durante quatro anos, mas a máquina andou emperrada e ele provavelmente vai pagar o preço deste fato. Não me parece que as coisas mudarão muito.
Finalmente, este colunista, que não raramente cita Mário Quintana também porque este escrevia na hora H, quando jornal está fechando, na semana passada teve de escrever rápido porque a hora H estava pra lá de H. Peguei um texto antigo, mas aproveitável, dei um toque atual e em dez minutos a coluna estava pronta. Um detalhe passou, o texto citava “minha filha, que tem dez anos”. Errado. Ela agora tem vinte e três anos, mas é a mesma.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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