TRANSIÇÃO JUSTA

Prefeito convoca servidores para novo ato na Usina de Candiota e já mostra preocupação com demissões na cadeia produtiva

Usina de Candiota, que pertence a Âmbar Energia, está paralisada desde o dia 1º de janeiro último Foto: J.André TP

Uma nova mobilização pela continuidade das atividades da Usina de Candiota está sendo convocada para esta quarta-feira (15), a partir das 8h, em frente a unidade industrial. O ato acontece após o veto presidencial a parte do projeto de lei 576/2021 e que permitia a prorrogação dos contatos das usinas térmicas a carvão até 2050.

Para engrossar as fileiras da manifestação, o prefeito Luiz Carlos Folador (MDB), emitiu um decreto nesta terça-feira (14), convocando o funcionalismo municipal a comparecer em frente à Usina de Candiota durante o expediente desta quarta, quando o ponto será colhido no local. Estão desobrigados a convocação, os funcionários que prestam serviços essenciais como saúde, educação e saneamento. “Esta é uma medida necessária. Já estão acontecendo demissões de trabalhadores na cadeia produtiva. As fábricas de cimento de Candiota, Pinheiro Machado, Montenegro e Nova Santa Rita, que usam cinzas resultantes da queima do carvão de Candiota, podem fechar e isso irá encarecer o produto no RS, que precisará importar de outros estados. Ainda outros desdobramentos negativos econômicos e sociais vão acontecer em breve”, alertou o prefeito.

ENTENDA

Desde o dia 1º de janeiro deste ano que a Usina de Candiota está paralisada por conta do fim dos contratos de venda de energia. A esperança estava na sanção total do PL 576/2021, que como já referido, prorrogava os contratos das térmicas a carvão nacional até 2050. Esta parte, juntamente com subsídios a térmicas a gás e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) foram vetados pelo presidente Lula. Estes artigos do PL eram chamados de jabutis, pois o texto original versava sobre o marco regulatório de energia eólica em alto mar (offshore).

Na última semana, já foi realizado um manifesto também em frente à Usina, sendo na ocasião pedido a sanção do PL. A luta agora é que o governo federal edite uma Medida Provisória (MP), que permita a recontratação e retorno imediato das atividades.

 

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