Após a repercussão no jornal impresso, no site e nas redes sociais do TP da reportagem sobre a chegada na Câmara do projeto de lei que reajusta em 5% (4,65% de inflação e 0,35% de aumento real) do salário do funcionalismo municipal de Pinheiro Machado, enviado pelo Executivo, bem como, da publicação da seção O que dizem, o prefeito Ronaldo Madruga e o presidente do Sindicato dos Municipários de Pinheiro Machado (Simpim), Márcio Garcia, se manifestaram com mensagens nas postagens do jornal.
Na frase semanal que o TP escolhe para a seção ‘O que dizem’, Márcio assinala que “Mais uma vez a classe política coloca na conta dos servidores a crise financeira do município”.
Márcio Garcia Foto: Arquivo TP
O prefeito, em tom jocoso, escreveu: “O que dizem, esta é boa! Eu faço parte da classe política, sou servidor também e não atribuo os problemas financeiros do município de Pinheiro Machado aos servidores municipais. Uma frase que generaliza qualquer segmento, partido político… não é justa que dê guarida ou propagação, ou é? Se fosse a maioria dos partidos políticos já seria capa dos jornais. Pau que bate em Chico não bate em Francisco”.
Ronaldo Madruga Foto: Arquivo TP
Em resposta, o sindicalista explicou o contexto da frase. “Prefeito, com todo respeito, mas quem esta generalizando é o senhor. O fato é que há décadas o plantel político tem tomado decisões erradas e um dos maiores prejudicados tem sido o servidor. Como disse, o plantel político tem culpa, não é só sua, seria injusto afirmar isso, mas é justo dizer que também é sua, pois o senhor não chegou ontem na política pinheirense – são dois mandatos de vereador, um de vice-prefeito e agora prefeito, somando tudo são 15 anos. E agora mais que nunca o senhor tem a possibilidade de fazer a diferença, contamos com o senhor para quebrar esse círculo vicioso. Tentar se isentar ou botar a responsabilidade pra frente é o que todos tem feito e o que só agrava a situação”, disse.
Em réplica, Ronaldo afirmou que sempre se pautou pela responsabilidade na política. “Cheguei na política com muita responsabilidade, agindo nela como na minha vida pessoal. Me orgulho muito da minha trajetória e farei aquilo que os técnicos orientarem, não olhando o passado, mas fazendo no presente pensando no futuro de todos. Divergências existem, porém o trabalhador que paga imposto e ganha as vezes um pouco mais que um salário mínimo, ou menos que isso, quer o seu dinheiro voltado para atender as necessidades da sua família com políticas públicas, então meu compromisso é com todos, servidores, trabalhadores do setor privado, agricultores e demais. Sempre contribui muito na política pinheirense com votação crescente, filho desta terra. Carrego na minha bagagem, êxito por onde passei, deixando um legado de confiança e seriedade”, afirmou.
Por fim, Márcio destacou que não desmerece a trajetória política de Ronaldo e que o admira. “Mas vamos aos fatos, a lógica me impede de concordar com senhor, ninguém está sendo mais prejudicado que os que ganham menos, pra esses a batalha da sobrevivência é quase impossível. Com uma defasagem salarial enorme e com padrões mais de 30% abaixo do mínimo (que o senhor tinha se comprometido publicamente de reparar) se esses não forem prioridade o que será? Quem falhar com esse nicho da sociedade, falha como gestor. Contamos com o senhor”, finalizou.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*
