ESPECIAL LUTA PELO CARVÃO

Presidente da CRM destaca que o mundo vai seguir usando o carvão

Melvis Barrios disse que já há neutralização ambiental Foto: Silvana Antunes/Especial TP

Durante a instalação pela Assembleia Legislativa em Candiota, da Frente Parlamentar da Mineração e do Polo Carboquímico, o presidente da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Melvis Barrios Júnior, falou do momento importante para a discussão do carvão. “O mundo está mudando, mas não é de forma instantânea. Americanos e europeus vão explorar carvão até os próximos 50 anos, então este direito nós também temos que ter. Hoje nos Estados Unidos há mais de 100 usinas movidas a carvão e aqui no Brasil temos duas no Rio Grande do Sul e uma em Santa Catarina. São mais de 500 na Europa e 600 na China. Pela avaliação obtida, temos em Candiota carvão para 400 anos. Do carvão extraímos hidrogênio, metanol que o Brasil importa 100%. O polo carboquímico aqui na região pode agregar também a fabricação da ureia”, lembrou.

Melvis ainda explanou sobre a neutralização ambiental e sobre energia fotovoltaica. “Um saco de cimento tem 40%, em média, de cinza originária da queima de carvão. Quando geramos energia já neutralizamos boa parte do carvão, temos duas cimenteiras e uma terceira está vindo se instalar na cidade. Está sendo lançada na próxima semana, em áreas mineradas, uma chamada pública para instalação de parques fotovoltaicos. São 300 hectares sendo disponibilizadas. É uma combinação do carvão e energia fotovoltaica, fazendo uma transição. Existe espaço para todas as tecnologias, o importante é explorar a região, temos que discutir o presente, o futuro, as tecnologias, minimizar a pobreza do nosso povo e pra isso a ciência, tecnologia e mineração devem andar junto, com equilíbrio, a fim de gerar desenvolvimento”, afirmou.

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