* Com informações da Agência Brasil
Após reunião do presidente Michel Temer e o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o governo decidiu nesta segunda-feira (6), que enviará ainda esta semana ao Congresso Nacional dois projetos de lei que com as regras da privatização da Eletrobras. Um, com a privatização das distribuidoras, e outro com o modelo de venda das ações da estatal.
Pela proposta, parte do dinheiro da privatização da Eletrobras será destinado para ações de revitalização do Rio São Francisco e parte vai para o caixa da União. O governo ainda discute se os projetos serão enviados à Câmara com urgência constitucional. A ideia é que as propostas sejam aprovadas ainda este ano.
A privatização da principal estatal do setor elétrico, com a possibilidade de venda de ações na Bolsa de Valores, foi anunciada pelo governo em agosto deste ano. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a medida tem o objetivo de dar mais competitividade e agilidade às operações da empresa. A expectativa é arrecadar R$ 12 bilhões.
A intenção do governo é reduzir a participação da União no capital da Eletrobras, hoje em 63%, com sua consequente democratização na Bolsa de Valores, a exemplo do que já foi feito com a Embraer e a Vale.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o governo permanecerá como acionista, recebendo dividendos ao longo do tempo, e a União manterá poder de veto na administração da companhia, garantindo que decisões estratégicas no setor sejam preservadas.
USINA DE CANDIOTA – A Usina de Candiota, de propriedade da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) está dentro do pacote de privatizações, pois a CGTEE é uma subsidiária da Eletrobras. Neste momento, internamente, acontece um movimento já autorizado, para que a Eletrosul (também do grupo Eletrobas e com sede em Santa Catarina), incorpore os ativos da CGTEE.