“Reflexões impressas”

O que fez da humanidade um ente culturalmente dinâmico? Como criamos cultura? Criamos e consolidamos. Como? Foi pela palavra. Mas a palavra falada não era o bastante. Como preservar cultura através dos tempos? As pessoas são finitas, ao fim e ao cabo. Todas elas. É aí que se insere o papel da palavra escrita. Sem ela teria sido muito diferente. Foi da união, portanto, entre argila e escriba, da pedra e do artífice, do papel e da tinta, que se tornou possível atravessar o caminho da finitude. A palavra escrita eterniza. E o tempo, implacável que é, se torna, no entanto, algo subjugado. Fizemos, com isso, da força à beleza. Da pedra bruta à pedra polida. Ao menos para quem, às obras, tantas marcantes, desejar a elas obter o acesso. Eis o caminho…

Essa ideia, tal como posto acima, ficou consignada na nota introdutória da obra coletiva que publicamos em coautoria em homenagem a Joaquim Francisco de Assis Brasil, a mesma que foi lançada em Pelotas em dezembro de 2023 e que, para nosso regozijo, se encontra hoje na biblioteca do Castelo de Pedras Altas, a casa do “pai do voto no Brasil”, conforme a dicção de um relevante historiador brasileiro. Lá está e lá permanecerá, pois, o livro. Já quanto ao fragmento da referida nota introdutória, só temos a dizer que o pensamento se mantém, firme e forte.

A coluna que escrevemos nesta semana é a primeira do ano. Poderia tratar de vários temas, evidentemente, eleitorais, sobretudo, considerando que teremos logo eleições municipais Brasil afora. Ou de Luiz Suárez, o craque que vestiu o manto pesado do tricolor dos pampas e que deixou muita saudade. Ou, ainda, da minha tese de doutorado, que se encontra em estágio final de gestação. Do “Guia Eleições Municipais” que, a partir do nosso escritório, será lançado em breve, em coautoria com meu sócio. Do curso que estamos construindo e que em um futuro muito curto será ofertado. Das perspectivas jurídicas a nortear esse novo ciclo anual. De música, poesia ou mesmo de uma leitura muito rica que fiz recentemente – “1789: o romance da Revolução Francesa”. Ou… enfim. Abordagens possíveis, convenhamos, não faltariam. Longe disso. Bem longe disso.

Pois bem. Falaremos, todavia, de uma novidade, qual seja a seguinte: o livro “Reflexões impressas”, de nossa autoria, cujo lançamento está previsto para até abril deste ano. É a mais nova obra deste que vos escreve, projeto que há um tempo já estávamos com o intuito de executar. Chegou, portanto, a hora. E o que é ou será este livro? Explicaremos.

Desde setembro de 2021 publicamos semanalmente esta coluna aqui perante o Tribuna do Pampa. O caminho até hoje foi marcado por textos vários e variados, de diversos temas, sendo que o “Reflexões Impressas” condensará justamente estes textos jornalísticos, que serão divididos por temas à título de organização da obra. Assim sendo, por exemplo, trataremos de: Direito Constitucional, Direito Eleitoral, Cidadania, Direitos Políticos, Direito e Literatura etc. Todas as colunas, ou a maioria delas, uma vez editadas e divididos os temas, serão, então, condensadas neste livro novo. Trata-se de uma forma de unificar o conteúdo publicado neste importante espaço jornalísticos que generosamente nos é proporcionado. Mas, também, de uma iniciativa tendente a não fazer com que o conteúdo não se perca, agora também publicado em versão de livro. Sem conta que é uma forma de divulgar também o periódico pampeano, assim como a Região da Campanha do Estado do Rio Grande do Sul.

E o título, Guilherme? O título não é nosso. A ideia inicial era outra, parecida com essa, mas, ainda assim, distinta. Conversamos com algumas pessoas. E a ideia surgiu de uma querida colega, Perla Roriz, que apresentou três sugestões. Li e bati o martelo rapidamente. “Reflexões impressas” será. Fica, então, o registro e o agradecimento. O título não poderia ser outro! E é relevante registrar, no mais, que a obra contará com apresentação, prefácio e posfácio de personalidades relevantes do meio jornalístico e jurídico, cujos nomes ainda não serão divulgados, ao menos ainda não. Estamos, ao fim e ao cabo, muito animados com esse novo projeto, que logo virá ao Mundo.

Obrigado, vez mais, a vocês, pela leitura semanal. E, ao TP, pelo espaço. Feliz e próspero 2024!

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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