FUTURO INCERTO

Região luta pelo não fechamento da Fase C da Usina de Candiota

Mobilização reuniu lideranças regionais, servidores e comunidade Foto: Letiére Navarrina/Especial TP

O fim da manhã desta segunda-feira (26) foi de mobilização em Candiota. Um movimento foi promovido pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e Intersul, o qual o Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul (Senergisul) faz parte, com o apoio do Sindicato dos Mineiros, Sindicato dos Municipários de Candiota (Simca), Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja) e Câmara de Vereadores e Vereadoras de Candiota.
O ato ocorreu no estacionamento da Usina, com a presença de prefeitos, vereadores, vereadoras, secretários, sindicalistas, funcionários diretos e terceirizados, além de comerciantes e população em geral.
Na oportunidade, o grupo buscou mostrar os impactos econômicos e sociais que Candiota e região irá sofrer com o fechamento da Fase C da usina que gera empregos diretos e indiretos, assim como a importância de uma transição energética justa.

 

Luta pelo não fechamento deverá continuar Foto: Silvana Antunes TP

AVALIAÇÃO – Em entrevista ao Tribuna do Pampa, a diretora do Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul (Senergisul), Cristina Gonzales, avaliou a mobilização de forma bastante positiva. “Gostei bastante, teve mobilização. Penso que poderíamos ter tido mais público, mas acredito que as pessoas estão começando a se dar conta da situação, que não é brincadeira, que não são apenas os funcionários diretos que estão em risco, pois eles podem ser realocados, mas a região vai ser bem mais impactada, ela que vai sofrer as consequências. A Secretaria de Educação poderia ter liberado as escolas, pois esse fechamento é algo que vai impactar as futuras gerações, mas acredito que mais mobilizações vão ir ocorrendo de forma gradativa, assim como nossa transição energética justa e inclusiva. Saí animada, empolgada e mais esperançosa de mais resultados, de conseguirmos vencer essa luta”, expôs Cristina, dizendo esperar mais público durante uma audiência pública que está marcada para o próximo dia 7 de julho, a partir das 17h na Câmara de Vereadores e Vereadoras de Candiota.
O prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, ao falar sobre o ato, agradeceu a presença massiva dos funcionários públicos de Candiota, comunidade, além de citar a importante participação de autoridades de Pinheiro Machado, Hulha Negra e Bagé. Ele também ressaltou a continuidade da luta em defesa da usina. “Este é um momento de todos se abraçarem e lutarem pela continuidade desta usina, assim como pela abertura de novos empreendimentos que possam continuar gerando emprego, renda e desenvolvimento, não somente para Candiota, mas toda região. O fechamento da usina causaria um impacto muito negativo, esta usina é muito importante não só quanto a geração de energia, mas pela empregabilidade, extração do carvão mineral, cinza do carvão que é utilizada na fabricação de cimento em Candiota e Pinheiro Machado, assim como extração de calcário. São muitos empregos diretos e indiretos. Continuaremos na luta em todos os poderes e órgãos para que possamos manter esta usina”, manifestou.

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