Saúde informa que não há problemas e que uma servidora está disponível para a realização dos exames Foto: Divulgação TP
No início desta semana a forma de aplicação dos testes de Covid-19 na população de Pedras Altas foi pauta na Câmara de Vereadores. O tema surgiu durante os pronunciamentos dos vereadores relativos à importância de um convênio com o hospital da Colônia Nova em razão da curta distância com o interior do município de Pedras Altas, principalmente para algumas localidade.
Na ocasião, a vereadora Lidia Maria de Azevedo Soares (Progressistas) disse concordar com a colocação da vereadora Elenice Mendes quanto a melhorias na área da saúde e a realização de um convênio com o hospital. Como justificativa ela citou problemas com exames de Covid-19 e atendimento médico. “Quem reside no interior e tem sintomas de Covid não é feito exame e acabam se deslocando à Colônia Nova na tentativa de exames. Precisamos solucionar esse problema devido às despesas das pessoas. Sabemos ser difícil, mas na Colônia há um médico que diante de suspeitas de Covid repassa um tratamento e a pessoa já fica preparada caso o resultado seja positivo. Gostaria que isso fosse resolvido, se não de imediato que fosse estudada a possibilidade”, manifestou Lidia.
O presidente do Legislativo, Arildo Madruga Medeiros, também explanou especificamente quanto aos exames, dizendo saber que não estão sendo feitos da mesma forma por ter aumentado a demanda e diminuído o envio. “A Secretaria não está conseguindo atender como deveria, por isso os exames são restritos e solicitado que as pessoas tomem os cuidados contra a Covid-19”.
O Tribuna do Pampa entrou em contato com a enfermeira e secretária interina, Marcela Mariani Moreira para saber como estão sendo realizados os exames na cidade. Segundo a enfermeira, não há dificuldade em realizar os testes e a Secretaria de Saúde dispõe de uma profissional específica para realizar as coletas. “O que mudou foi a forma, pois no início íamos nas casas e fazíamos a coleta, pois nosso município sempre se manteve com poucos casos, então era possível fazer dessa forma, mas de janeiro pra cá com aumento de casos, agora o paciente vem até o container, pois não teria como fazer 50 coletas no dia como foi feito em um único dia de janeiro”, explicou.
Segundo a profissional, a equipe técnica juntamente com o Comitê de Operações Emergenciais (COE) definiu seguir a indicação do teste antígeno, usado na maioria dos casos. “O RT-PCR está demorando mais que o tempo do isolamento para vir o resultado devido alta demanda do Lacen, mas para o antígeno é necessário aguardar no mínimo o terceiro dia de sintomas para coleta para não ter um falso negativo. Optamos para seguir corretamente o que o protocolo diz para evitar uma disseminação e descontrole na contaminação. Pois, caso contrário, liberaríamos uma pessoa com o resultado não reagente de um dia de sintomas podendo ainda dar positivo depois do terceiro dia que é o que fabricante pede”, argumentou.
Ela ainda destaca a importância da comunidade continuar com os cuidados de higiene. “Pedimos a todos os pedrasaltenses que continuem usando máscara, higienizando as mãos com álcool gel 70%, procurem fazer quando necessário o isolamento conforme o recomendado”, concluiu Marcela.
* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso
