O Brasil está assistindo desde o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2014, a uma série de situações inusitadas e que atentam contra nosso ainda fragilizado processo democrático.
Para aqueles que se dizem contra a democracia, o momento é de regozijo, porém para a grande maioria da população brasileira, segundo pesquisa recente, o que se estabelece é de grande preocupação.
No domingo vamos às urnas no segundo turno para escolhermos o próximo presidente da República e aqui no RS, também o novo governador. Em nível de Brasil, pela primeira vez desde que foi instituído o segundo turno, não tivemos o confronto de ideias entre os que almejam o principal cargo de nossa República. Isso é mais uma das anormalidades, porque o processo democrático exige a confrontação e a exposição dos postulantes a situações não controladas e de embate.
Também, tivemos um pleito eleitoral marcado pelas fake news (notícias falsas) e que a história irá tratar de desnudar todo o esquema que estava por detrás deste processo e que levou milhares a tomarem decisões que talvez não tomariam se não tivessem contato com estas falsidades. Além disso, tivemos nossas consagradas urnas eletrônicas questionadas a exaustão.
O fato é que no domingo estaremos diante de dois caminhos distintos. Um que nega praticamente todas as conquistas e avanços contidas na Constituição Cidadã de 1988 e outro, que mesmo estigmatizado pela pecha da corrupção (expediente muito utilizado em tempos de crise), garante que ainda é preciso avançar mais e mais na agenda e liberdades democráticas.
Mas enfim, pensamos que qualquer que seja o resultado, apesar das atipicidades, precisa ser respeitado e a partir daí teremos um presidente eleito pela maioria do povo brasileiro e que governará o Brasil pelos próximos quatro anos.
Sem debate
13:32 - 26/10/2018
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