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Situação das estradas rurais é pauta permanente no Legislativo candiotense

Vereadores de oposição e situação debateram sobre a pauta Foto: Reprodução TP

O debate envolvendo a situação das estradas rurais de Candiota tem sido recorrente entre os vereadores e vereadoras do município. Solicitar soluções por parte do Executivo em razão da falta de transporte escolar e problemas para escoar a safra de grãos são as principais queixas apresentadas na tribuna. Na sessão ordinária da última segunda-feira (20), o assunto novamente foi bastante debatido. Confira os pronunciamentos pela ordem ocorrida na sessão.

LUANA VAIS (PT)
A vereadora foi a primeira a usar a tribuna e após lembrar a situação das estradas, apresentou uma proposta ao Legislativo. “Estamos acompanhando o caos que estão as estradas no município que tem mais de 800 famílias no interior, o que significa cerca de 3 mil pessoas que contribuem significativamente e estão esquecidas.  Na semana passada as crianças não tiveram aula e hoje muitas crianças também não chegaram as escolas, pois os micros não conseguiram fazer a linha, ficaram atolados. Coisa que acontecia nos corredores hoje acontece na estrada principal. Faço uma proposta que a Câmara de Vereadores dê um suporte para que seja colocado material nas estradas e os produtores possam tirar a produção e os alunos irem para a escola. Anteriormente foi feito algo desse tipo e hoje em dia cada vez que se chega na Prefeitura tem CC novo”.
GUILHERME BARÃO (PDT)
O vereador afirmou faltar gestão quando o assunto é estradas. Ele fez referência ao ex-vereador José Vitor, recordou da criação do Fórum da Estiagem e uma conquista de R$ 9 milhões em maquinário para a região. “Se passaram 14 anos, existe e ainda vai existir o problema das estradas por falta de gestão e isso que já se passaram vários governos. Ideias foram implementadas e não foram executadas, tipo o britador pra fazer pedra brita e colocar nas estradas. Quem sofre com tudo isso? O povo de Candiota, a escola, o produtor. O prefeito Folador ajudou a trazer todos os maquinários, mas como gestor, e isso dois mandatos como PT, deixou a desejar. Os alunos não conseguem ir as escolas, produtores tirar a produção, a saúde não tem, porque não tem gestão nas estradas. Não é por falta de dinheiro, R$ 10 milhões ao mês são R$ 1 milhão por pessoa. Está faltando gestão. E não vão conseguir fazer, pois todos sabemos que estrada se faz no verão. Paliativo se deixa pra fazer no inverno quando necessário. Precisamos fazer as bases das estradas novamente que nem foi feito na época do prefeito Mirabeau. O serviço tem que ser feito com qualidade, caso contrário vamos estar colocando dinheiro público fora e quem paga é o povo”.
DANILO GONÇALVES (PT)
O parlamentar destacou que o debate das estradas não é atual e que não ocorre por ser período eleitoral. “Tenho mensagem de pessoa relatando que há dois anos e meio pede material num local e nada foi feito e hoje tiveram que puxar o ônibus. Vivo há muitos alunos lá embaixo e nunca esteve nas condições atuais. Não é questão das chuvas. Não se fala nos produtores que estão lá com os caminhões atolados. A agricultura é esquecida, tem produto apodrecendo porque não tem estrada. Assim como tem pessoas que trabalham na CRM e dependem do carvão, dependemos da agricultura e tem que ser pensado. Convido os vereadores e descerem lá pra ver as estradas”.
CLAUDIVAN BRUSQUE (PSDB)
O vereador afirmou ser possível resolver o problema das estradas mesmo com chuva. “As estradas prejudicam o transporte escolar, a bacia leiteira e a agricultura. Mandei mensagem para o prefeito Folador, porque mesmo com chuva, se uma retroescavadeira e uns caminhões puxarem cascalho tem como resolver a maioria dos problemas, mas tem que pedir para o secretário mandar os funcionários. Já fiz isso quando secretário, limpamos bueiros, estava chovendo, mas a máquina tem cabine, ar condicionado, tem condições para fazer esse trabalho. Também sofro esse problema na pele, reconheço cada um que cobra. Quero pedir que o secretário desça pra ver a situação das estradas porque está difícil, mas tem solução, é só querer”.
HULDA ALVES (MDB) 
A vereadora usou o espaço como líder do MDB para afirmar que um mutirão estava sendo realizado com relação às estradas. “Estivemos no dia 15 em uma reunião entre secretários e vereadores da base e um mutirão está acontecendo desde a quarta-feira (16). Os maquinários da Secretaria de Obras, de Agropecuária e de Meio Ambiente estão voltados para a recuperação das estradas. Compreendemos tudo que acontece, mas é importante que a comunidade saiba que o maquinário está 100% nas estradas, inclusive foi adquirido rachão pelo município. Esse trabalho está sendo prioritário pela gestão”.
FABRÍCIO MORAES (MDB) 
O vereador, como líder do governo, falou que o município precisa de ajuda para arrumar as estradas. “Quando a pauta é estradas também precisamos de ajuda, precisamos do Incra (Instituto Nacional de Colonização da Reforma Agrária), que anunciou um recurso e até hoje não chegou. Se foi falado que não tinha recurso na época do governo Bolsonaro e que o Incra estava sucateado, mas já se passou um ano e meio do governo atual e nada foi feito com o Incra. Precisamos também de ajuda do governo estadual, até fomos em algumas secretarias e ficou encaminhado para retornarmos na Agricultura. Com toda essa catástrofe não conseguimos avançar nesta pauta. Existe o problema, ninguém tapa o sol com a peneira, mas tenho certeza que a equipe não mede esforços para resolver o problema”.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO

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