Três Toques – 2 a 8/FEV/2024

ABÓBORAS

Há um ditado que preconiza o óbvio: no andar da carroça as abóboras se acomodam. Claro, é uma alegoria da vida, das diversas fases que constitui nossa vida na terra.

A velhice provoca nos humanos a consciência de que somos todos mortais e que nos aproximamos do fim. Não há escapatória. Nasceu vivo, vais morrer.

O sonho da eterna juventude é uma obsessão da humanidade. Sábios, místicos e “picaretas” de todo gênero procuram a eterna juventude.

O medo do fim, a morte, desespera os humanos que buscam todos os meios para rejuvenescer. Fazem plásticas, põem botox e mil outros arranjos na ilusão de beleza, de estética para parecer mais jovens e assim enganar o fantasma da velhice, do fim.

As ilusões, claro, tapeiam a feiura, dão uma miragem de que sim, o fim está distante e que é possível viver de ilusões.

Mas a carroça anda, o tempo passa e as abóboras terão que se acomodar. A vida é bem dura sem as maquiagens, sem os adornos e ilusões.

VIVER COM…

Nós, abóboras, temos que compreender bem esta jornada da vida para não nos desesperarmos e cavarmos para nós mesmos um beco sem saída.

Quanto mais carinho e respeito pelos que dividem esta caminhada da vida conosco tivermos, mais chances teremos de nos acomodar entre aqueles que viajam na mesma direção.

Muito importante não ficarmos sozinhos nesta jornada. As abóboras vão todas para o mesmo fim. A jornada da vida tem que ser vivida com muita dignidade.

Uma hora somos apoio, noutra seremos apoiados. A mesma mão que dá é a que recebe. Vida feliz não existe por si só.

Formamos casais e parcerias para viver com alguma felicidade. Ele vai se realizando com o andar da carroça.

Quando os eixos reagirem temos o óleo para facilitar a caminhada. Chamamos este óleo de amor, mas também podemos chamá-lo de gentileza, carinho, afagos e boas maneiras.

 

A VIDA

Esta carroça só passa uma vez. Não há como pular para a carroça do vizinho.

Nossa passagem é única e devemos nos perfumarmos com os melhores óleos, que sejam respeito, alegria, contentamento.

Nosso motor é o coração.

Pois que seja criança, canção e abraços.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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