Três Toques – 28/JUN/2024

*Por Odilo Dal Molin

OLIMPÍADAS

Os Jogos Olímpicos, tu sabes, são os momentos maiores da confraternização universal. São momentos de Glória e Paz. Haverá lutas ferozes, no campo esportivo, haverá vencidos e vencedores, sim, haverá. Serão ‘peleias’, combates ferozes por uma medalha dourada, prateada, talvez de bronze.

Ao final, vencidos e vencedores vão celebrar os seus feitos num abraço, num pódio, numa festa de Glória mundial.

As armas dos combates são as mais belas e gratificantes do nosso pequeno planeta. Mais alto; mais rápido, mais forte.

Claro, há por trás dos jogos muita política e algumas trapaças. Afinal, está em jogo a Glória Eterna. Haverá batalhas ideológicas, claro na tentativa de politizar o que é para ser um jogo apenas. Haverá também cavalheirismo, grandezas de espírito e ações que nos engrandecem.

Houve num tempo, não tão distante, atitudes que nos entristeceram como em Munique, na Alemanha, e em outros jogos olímpicos. Nós humanos sempre teremos motivos para chorar, seja de alegria, seja de dor. Assim é a vida.

HONESTIDADE

É a hora do jogo limpo. Há meios de revelar trapaças e malfeitos nesta guerra sem armas. A ciência evoluiu e é capaz de revelar em minutos aqueles que trapaceiam e que querem vencer a qualquer preço.

É melhor perder com dignidade do que vencer sem merecimento. Em todos os jogos da vida. Temos dentro de nós a necessidade de sobrepujar. Nossa vida é uma competição perene.  Não cedemos espaços mínimos para que nosso irmão cresça. Temos conosco a vaidade de sobrepujar. Às vezes com meios menos nobres. Na caminhada pisoteamos os mais fracos e desvalidos.

Nunca valemos tão pouco. Nossas vidas nunca valeram tão pouco. Mata-se o viciado, o doente, por um punhado de reais que já não pode pagar. Os tribunais do crime são sumários e as execuções são jogadas na nossas caras todos os dias.

Nunca valemos tão pouco. Uma carreira de cocaína vale mais que a vida do viciado. Fracassamos, todos nós quando entregamos nossos filhos ao crime “organizado” ou não organizado.

Talvez o esporte devesse ocupar o espaço na sociedade que as drogas ocuparam. Seria muito mais nobre vermos nossos filhos nadando, saltando, correndo, ganhando ou perdendo em jogos iluminados do que sempre perdendo nos vícios das esquinas. Este é o jogo sujo no qual só há um vencedor, a morte inglória.

Nossa vida é um jogo. É preciso vencer. Com amor, esforço e muita luta. Nossos lares precisam ser purificados pela nobreza da mão estendida para socorrer, para juntar os que caíram e oferecer saídas como o esporte oferece.

 

VITÓRIAS…

… teremos todos os dias quando alcançarmos a mão para juntarmos os que caíram. Nossos jogos serão olímpicos quando todos nós formos medalhas de ouro, na bondade, na alegria, no abraço ao que caiu. A mão que levanta é maior do que a que derruba.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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