A vereadora Magda Afonso (PDT), durante sua fala na sessão da Câmara esta semana, disse ter se reunido com o prefeito Ronaldo Madruga (Progressistas), no espaço aberto pelo chefe do Executivo todas as terças aos vereadores e vereadoras, quando dividiu com ele a preocupação do fato de seis alunos do ensino médio, moradores da Serra das Asperezas e Olaria, não estarem frequentando as aulas na escola estadual Hipólito Ribeiro – única escola estadual e de ensino médio do município.
Conforme a parlamentar, o motivo da infrequência, é que o governo do Estado não está fornecendo transporte escolar. Segundo Magda, a Prefeitura optou em não conveniar com o Estado para transportar alunos do Hipólito, porque não há, conforme o Executivo local, o cumprimento do pagamento nos prazos, sendo que vários municípios fizeram a mesma opção. Neste sentido, esses jovens estão recebendo material didático e alguma coisa por internet a cada 15 dias para poderem ter acesso aos conteúdos, no mesmo modelo adotado durante o período forte da pandemia.
A vereadora, que é professora aposentada e tem identificação com a educação, lamentou muito e cobrou providências em relação à situação, pois teme que os alunos se desestimulem. “São conteúdos complexos, que mesmo nas aulas presenciais exigem do professor e do aluno, imaginem assim desta forma? O futuro deles pode estar comprometido. Educação deveria ser prioridade dos governos. O governo estadual deveria resolver quando o município não quis conveniar. Há omissão”, desabafou.
A vereadora Elizete Baldez (Progressistas), que também é ligada à Educação, demonstrou da mesma forma preocupação com a situação, lamentando que outros jovens, além dos seis citados pela vereadora Magda, também estão passando pela mesma situação.
RESOLUÇÃO – O TP entrou em contato com a 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), sediada em Pelotas e que Pinheiro Machado faz parte. A Assessoria de Comunicação assinalou que o fato não era de conhecimento do órgão, porém, assim que soube pelo jornal, as medidas já foram encaminhadas.
Segundo a Assessoria, houve uma falha de comunicação entre a escola, a 5ª CRE e as famílias dos alunos. Ainda conforme a Coordenadoria, no início do ano letivo havia sido combinado que esses alunos seriam matriculados numa escola estadual de Piratini, que fica mais próxima de onde eles moram, porém isso acabou não acontecendo.
O fato é que agora, de acordo com o que foi repassado ao jornal, no máximo em uma semana, os alunos já começarão a ser transportados, com o remanejo de uma das rotas e passarão a frequentar presencialmente a escola no centro de Pinheiro Machado.
* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso