Na última segunda-feira (18), o jornal Tribuna do Pampa deu início a mais uma série de entrevistas com transmissão ao vivo pelas redes sociais através da TVTP, a Conversa com os eleitos – vereadores e vereadoras da região de cobertura impressa do jornal. O primeiro dia foi em Hulha Negra, e marcando o segundo dia de entrevistas, foi a vez dos escolhidos para a legislatura 2025-2028 do município de Candiota, na terça-feira (19).
As entrevistas foram realizadas pelas jornalistas Silvana Antunes e Sabrina Monteiro nos plenários das Câmaras de Vereadores e Vereadoras, espaços gentilmente cedidos ao jornal e contaram com a técnica da Veríssimo Produções, de Cláudio Veríssimo.
Todos os 18 eleitos e eleitas dos dois municípios foram convidados pelo jornal. Foi registrada a ausência, entre os dois primeiros dias, de Moizés Abreu, do PSB e de Hugo Teixeira, do PT que teve um problema de saúde; além do eleito Léo Lopes, do PSDB de Candiota, que não quis participar.
Na próxima segunda-feira (25), a série será realizada com os eleitos e eleitas de Pedras Altas, e na terça-feira (26), com Pinheiro Machado.
Confira abaixo, um resumo das entrevistas, onde os parlamentares eleitos falaram sobre o sentimento do resultado nas urnas, suas propostas de trabalho para os próximos quatro anos e atuação perante o Executivo.
Candiota
ATAÍDES DA SILVA (MDB) – “Eu sabia que era difícil, mas eu acreditava muito no meu trabalho. Eu já fiz mandato pelo PT, sempre trabalhei muito, então eu acreditava que eu me elegesse. Mas como era uma troca de partido, eu sabia que não ia ser muito fácil, porque eu estou num assentamento, e tem muita gente lá que é PT, a gente sabe disso. Eu acredito que, acompanhado do prefeito Folador, que é um cara muito lutador, tenho certeza que a gente vai fazer coisas boas. E eu espero que ele trabalhe muito mais, mostre muito mais, porque ele tem capacidade pra isso. E o meu plano é seguir trabalhando como sempre trabalhei”.
AXEL COSTA (PT) – “Eu sou envolvido com os movimentos beneficentes, movimentos solidários, movimentos esportistas, movimentos com a juventude, enfim, a gente é envolvido na comunidade e esse pessoal que sempre nos ajudou e sempre esteve conosco, nos ajudou a pleitear, e o sentimento é de muito orgulho. A gente sabe o anseio da juventude, sabe que tem duas realidades de jovens aqui em Candiota, tem o jovem da zona urbana e da zona rural, e esses dois tipos de jovens têm que ser vistos. É uma necessidade da gente olhar com sensibilidade para essa turma. A cidade está num trampolim para dar um salto industrial e econômico, e a gente precisa preparar a juventude para que esses novos meios industriais venham ou venham novas agroindústrias. Defendemos um leque de compromissos e de lutas que a gente com certeza, durante esses quatro anos, vai ter que se esforçar muito para estar defendendo essas pautas”.
DIEGO LIMA (MDB) – “Eu acho que o trabalho que eu desenvolvi na Secretaria de Cultura, tanto na função de apoiar o esporte, quanto o tradicionalismo, que é uma das coisas que eu mais gosto, fez com que, junto com a minha equipe, conquistasse esses 222 votos. Mas se hoje, se tiver a possibilidade e o partido achar que eu mereço, gostaria muito de ser secretário de Assistência Social, é um dos meus maiores desejos. Uma das minhas principais bandeiras será a questão LGBTQIA+, a qual eu faço parte. Não foi fácil chegar aqui, senti muito medo, pois quando concorri em 2020 tinha apenas 23 anos. Mas depois eu vi a representatividade que eu poderia dar para as pessoas, e escancarei esse assunto. Muitos dizem que me enxergam como um campeão por estar aqui”.
MARCELO BELMUDES (PT) – “A gente fez um planejamento de campanha esperando atingir esse objetivo, claro que a gente nunca sabe se esse planejamento vai se concretizar na prática. Mas graças a Deus foi uma felicidade muito grande quando a gente soube do resultado, consegui me eleger que era um sonho meu. A minha grande bandeira é a questão da fiscalização. O objetivo principal do vereador é a fiscalização e da legislação, e é isso que vamos fazer durante 366 dias de cada ano. Também vamos trazer projetos para o município, programas que venham beneficiar toda a nossa população, independente se for da zona urbana ou rural. A minha postura vai ser propositiva. O que é bom para o município sempre terá o meu total apoio, independente se eu sou da oposição ou da situação. O apoio do meu mandato no Legislativo, é para a população”.
LUANA VAIS (PT) – “O sentimento no dia 6 de outubro foi, primeiramente, de gratidão a Deus por ter me dado sustentação nessa caminhada, mas também de gratidão a todas as pessoas que confiaram no meu trabalho. A gente acabou abraçando várias pautas da população. porque estamos aqui para representar a nossa comunidade, mas têm algumas pautas que a gente sempre levanta na tribuna, que para mim são essenciais, a questão da mulher é uma delas, mas também muito forte para mim, até pela minha origem é a questão da agricultura, e também a educação. Estar na condição de oposição não é simplesmente fazer oposição ao governo por fazer, mas fazer uma oposição propositiva como a gente fez até aqui. Tenho conversado muito com Marcelo e com Axel, no sentido de unificar a nossa bancada e de dizer que Candiota vai ter sim uma bancada bem qualificada que vai estar prestando muita atenção na gestão do município para garantir os direitos das pessoas, fiscalizando os recursos públicos. Espero que a gestão do prefeito Folador seja melhor do que foi para o nosso município, para que as pessoas saiam ganhando, porque na verdade, tanto o Legislativo quanto o Executivo trabalham em prol da população”.
PAULINHO BRUM (PSDB) – “Me sinto muito honrado e com um compromisso muito grande durante esses quatro anos, de representar essa sigla e também de representar essa história. Estarei à disposição de todos e mais uma vez, é uma mescla de muita emoção e principalmente felicidade. Por onde eu passei, sempre tentei fazer o melhor, sempre tentei deixar um legado de amizade. Sou um soldado do partido, em 2023 assumi a presidência do partido, também sempre buscando espaços, buscando para quem sabe um dia a gente possa, seja em 2028 ou em 2032, indicar o candidato a prefeito para Candiota ter pela primeira vez também na história um prefeito tucano, pois até hoje o PSDB não pôde governar o município”.
GILDO FEIJÓ (MDB) – “Consegui a façanha de me reeleger com 160 votos a mais do que na última vez, e eu optei por não utilizar o fundo eleitoral, porque eu acho que o fundo eleitoral deveria ser utilizado para a reconstrução das pessoas atingidas pelas enchentes, então eu optei por fazer a minha caminhada com os meus recursos e com os recursos dos meus amigos que me ajudaram. A renovação é salutária e necessária, é um processo natural e que a gente precisa realmente ir abrindo espaços para os jovens, porque amanhã depois serão eles que estarão aqui na Câmara. O pouquinho que este amigo aqui souber e puder passar para eles, independente de sigla, eles podem contar comigo. Porque quanto mais qualificado for o nosso Legislativo, melhor é o trabalho prestado para a nossa comunidade, que é quem merece, que é quem nos paga. Espero que o governo do prefeito Folador seja de mais planejamento, um pouco desacelerado, e com algumas questões que a gente precisa afirmar e melhorar. Nós sabemos onde erramos nesses quatro anos, eu sei, e ele sabe. Então a gente tem que procurar manter aquilo que deu certo e aprimorar e corrigir aonde houve falhas. Nós falhamos nas estradas, nós falhamos na qualidade da água, na distribuição, a gente é consciente, não podemos tapar o sol com a peneira”.
FABRÍCIO MORAES (MDB) – “Fui chamado com o desafio de ser secretário de Saúde, pelo qual eu tenho muito orgulho de poder ter contribuído com a saúde da nossa população candiotense. E eu acredito que esta votação se deu muito pelo trabalho que a gente realizou frente à Secretaria de Saúde. Quando eu me coloquei a disposição, o meu trabalho era principalmente não decepcionar a comunidade que confiou e que votou, como também a minha família. Coloquei o meu nome à disposição e conseguimos desenvolver a missão. Agora novamente eu estou pronto, se assim o prefeito achar e se partido entender que eu posso seguir contribuindo para a saúde pública do nosso município, é só chamar que a gente entra em campo, porque descobri que sou apaixonado pela saúde. Ser presidente da Câmara ainda é um objetivo, mas é lógico que não é um jogo de poder pra mim. Se tiver que não ser de novo, tranquilamente não vou ser. E estou à disposição do partido para ser candidato a prefeito, mas isso é uma construção que precisa ser feita mais a frente, essa é minha vontade, mas ser somente minha, ela não basta. Mas se acharem que deve ser o Pedro ou o Paulo, sem problemas. Não é um jogo de vale tudo”.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*