A sessão ordinária da Câmara de Candiota, realizada na última segunda-feira (4), como não poder ser diferente, foi dominada por pronunciamentos em relação a grave situação de fornecimento de energia elétrica na cidade.
Vereador Léo Lopes se manifestou durante a sessão Foto: Reprodução TP
O primeiro vereador a falar foi Léo Lopes (PSDB), que classificou o serviço da Equatorial como precário e triste, lembrando que a concessionária lideram em nível de Brasil, o ranking de reclamações. Léo disse fazer mea culpa pela situação, pois foi no governo do seu partido que a CEEE foi privatizada. Ele citou os prejuízos causados pela situação, como o Pronto Atendimento 24h, que precisou locar um gerador, além dos comércios e das pessoas perdendo produtos e aparelhos. Precisamos avançar nessa situação, porque a comunidade está indignada. Não adianta vim aqui doar lâmpadas e geladeiras, se não tem energia”, assinalou, ao se referir a uma ação da empresa na semana passada no município.
Vereadora Luana Vais também falou sobre o assunto Foto: Reprodução TP
Logo em seguida, a vereadora Luana Vais (PT) fez um paralelo e uma relação sobre como as decisões políticas impactam na vida da população. Ela lembrou que a CEEE foi vendida por R$ 100 mil, montante que a Equatorial tem pago várias vezes em multas pelo mau serviço que presta. Luana destacou que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o processo de privatização e a situação da empresa não foi instalada na Assembleia Legislativa porque faltou a assinatura de apenas um deputado. “Do MDB ninguém assinou e foram esses deputados que autorizaram a venda da CEEE. Precisamos dizer isso e de quem é a verdadeira culpa. Essa culpa eu não carrego, porque os deputados do PT foram contra. Vivemos com medo de uma tragédia, basta ver os fios caídos em frente a uma escola infantil (se referiu ao caso ocorrido em frente a escola Pingo de Gente, na Vila Residencial). Precisamos nos unir para evitar um mal maior. Registro a minha indignação e reforço que sim, essa situação é uma questão política”, ponderou.
O vereador Claudivam Brusque (PSDB) também abordou o assunto, dizendo que os prejuízos de um serviço desta maneira atingem a cidade e o campo. “Precisamos resolver isso. Está muito complicada esta situação”, resumiu.
O presidente da Câmara, Gildo Feijó (MDB), classificou como vergonhoso tudo que está acontecendo em Candiota em relação à energia elétrica. Para Gildo o serviço da Equatorial é péssimo, causando prejuízos enormes a todos. Para ele, que disse sempre ter sido contra as privatizações de serviços públicos, é uma vergonha os deputados estaduais do seu partido, o MDB, não terem apoiado a instalação de uma CPI. “O que se quer esconder?”, indagou. Também dizendo se tratar de uma grande irresponsabilidade o atendimento dado à comunidade, Gildo teme igualmente por uma tragédia. “O que vamos dizer para uma mãe ou pai de família se algo de pior acontecer?”, questiona.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*
