SAÚDE

Vereadores de Hulha Negra buscam melhor funcionamento do projeto Chamar 192

Uma reunião com a 7ª CRS foi sugerida para falar sobre o tema Foto: Divulgação TP

Nesta semana, uma reunião entre o prefeito de Hulha Negra, Renato Machado, a presidente do Legislativo Tanira Ramos (PTB) e os vereadores Luis Gustavo Nunes Dias (Progressistas), Jorge Coelho (PDT), Getúlio Porto (PDT) e Ronaldo Pereira (Progressistas), teve como pauta a saúde no município.

De acordo com publicação dos vereadores em suas páginas oficiais foram expostos ao prefeito reclamações de moradores quanto ao projeto Chamar 192 Samu, implantado no município desde o dia 7 de março. “O encontro foi proposto pelos vereadores Jorge Coelho e Luis Gustavo Dias tendo em vista as inúmeras reclamações recebidas da comunidade, devido ao Centro de Atendimento Integrado de Saúde (Cais), o hospital, permanecer fechado após às 17h, e segundo a população, o Chamar 192 não estar atendendo a contento a população hulhanegrense”, disse Tanira Ramos.

Em nota, a Prefeitura de Hulha Negra informou que o prefeito Renato Machado convidou os vereadores interessados em participar de uma reunião com a 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) a fim de solicitar mais informações sobre o funcionamento do programa Chamar 192 Samu. O prefeito sugeriu ainda uma agenda, em Porto Alegre, na Secretaria Estadual de Saúde (SES) com a titular da Pasta.

AUDIÊNCIA PÚBLICA – Os vereadores Diego Rodrigues e Ronaldo Pereira (Progressistas) protocolaram um requerimento solicitando a realização de Audiência Pública na Câmara de Vereadores, nesta quinta-feira (14), com a presença do Poder Executivo e a comunidade, para tratar assuntos referentes ao Programa Chamar 192. A audiência está marcada para as 14h30.

RECLAMAÇÕES – Já há algumas semanas, passados alguns dias da implantação do serviço, surgiram algumas reclamações e histórias nas redes sociais. Pelo menos duas chegaram até o jornal. Um dos casos foi de um senhor que sentiu um mal súbito em um domingo e diante do não atendimento do 192, foi encaminhado para Bagé em um veículo particular. O segundo caso, é de um acidente em um jogo de futebol, onde um dos atletas machucou a perna e, novamente, em razão do não atendimento do canal de regulação do Chamar 192, foi encaminhado para Bagé em uma camionete também particular.

Ainda com relação ao sistema, moradores que não serão identificados pelo TP se manifestam. “O atendimento só não era pior devido ao esforço dos funcionários. Após esta mudança ficou precário” e “Eu liguei duas vezes para o 192 e não fui atendido” estão entre as reclamações e manifestações.

CHAMAR 192 – O projeto Chamar 192 – Samu, da Secretaria Estadual de Saúde (SES),começou no dia 7 de março em Hulha Negra e conta com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O programa visa possibilitar assistência qualificada nos casos de urgência e emergência de saúde em horários em que o Centro de Atendimento Integrado em Saúde (CAIS – Hospital) não está em atendimento. As ligações devem ser realizadas para o 192, onde profissionais verificam a urgência do chamado, acionando então o município para transporte do paciente acompanhado de profissional qualificado.

O serviço deve funcionar de segunda a sexta-feira, das 17h às 7h30. Sábados, domingos e feriados, o serviço é 24h. Os demais atendimentos permanecem das 8h às 17h na Secretaria de Saúde e pelo telefone (53)3249-1019.

Cabe lembrar que com o Chamar 192, em caso de remoção do paciente e acompanhante para a cidade referência, Bagé, o retorno deve ser por conta própria, não havendo mais o mesmo serviço realizado antes, onde o paciente era levado para consultar em Bagé e depois de liberado a equipe de Hulha Negra retornava para buscar.

A Secretaria de Saúde orienta usar o serviço em casos de dores no peito de aparecimento súbito, crises convulsivas (ataques e convulsão), situação de intoxicação ou envenenamento, surto psicótico, queimaduras graves, trabalho de parto com situação de risco, perda de consciência (desmaio), queda acidental, acidentes/traumas com vítimas, sangramento e hemorragias, crise hipertensiva, e outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento intenso.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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